50,6% das startups da indústria acreditam que sustentabilidade deve estar no foco da criação de soluções tecnológicas


Tornar indústrias sustentáveis é um desafio enfrentado diariamente pelas organizações que buscam se adaptar às demandas mais atuais do mercado. No levantamento realizado pela empresa líder em gestão de inovação AEVO, em parceria com SENAI-SP e a Timenow, sobre a Indústria 5.0, revelou-se que 50,6% das startups que atuam na indústria acreditam que toda startup deve promover a sustentabilidade por meio do seu produto, logo na ideação. 

Durante a pesquisa, respondida por 68 pessoas gestoras de Startups IndTechs, foi destacado que as soluções tecnológicas devem ter impacto positivo ao meio ambiente, quando presentes nas operações das indústrias. O movimento apresentado pelas startups já tem um efeito prático nas empresas brasileiras. Chamado de Ecoinovação, o processo tem como foco a adaptação ou desenvolvimento de novos produtos, metodologias, serviços e modelos de negócio, a fim de reduzir o impacto ambiental das atividades, além de aumentar a eficiência competitiva do negócio.  

De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 30% das empresas têm trabalhos em execução com esse intuito, enquanto 17% possuem projetos aprovados para serem iniciados.

“Promover um impacto positivo no meio ambiente está entre os objetivos da Indústria 5.0, bem reduzir o impacto negativo no nosso clima, solo, água e ar faz parte do compromisso das empresas do futuro”, avalia Luís Felipe Carvalho, CEO na AEVO.

Inserida nesse contexto, a Startup Scicrop, que desenvolve soluções para indústria do agronegócio, tem se destacado por meio da utilização de Inteligência Artificial. Por meio do uso da plataforma de análise de dados da SciCrop, gigantes do setor conseguiram ter resultados como aumento na produtividade, na receita, otimização no uso de pivôs, previsão de inadimplência, redução na emissão de gases do efeito estufa, no consumo de energia e no uso de defensivos, além do aumento da acurácia em estradas rurais. 

Outro exemplo é a GreenPlat, uma plataforma que facilita a logística reversa, gestão de resíduos e rastreio para indústrias, já tendo sido, inclusive, reconhecida pelo Fórum Econômico Mundial, em 2018. A partir do uso da plataforma oferecida pela empresa, as organizações conseguem realizar a digitalização da gestão de resíduos com base no cumprimento das regulamentações ambientais, utilizando a tecnologia Blockchain para garantir toda a conformidade do processo, atendimento eficaz e ganhos com eficiência e tomada de decisões melhores. 

Com a aplicação da Ecoinovação, as empresas ganham processos mais eficientes, economizando recursos naturais, como: água, energia e matérias-primas, que impactam diretamente na redução de custos operacionais. A longo prazo, a política permite um aumento na margem de lucro. 

Para a sociedade, a transição industrial sustentável gera uma demanda por “empregos verdes”, que visam proteger e promover o meio ambiente em equilíbrio com os objetivos do negócio. De acordo com relatório da Organização Internacional do Trabalho, a previsão é que os esforços para desenvolver uma economia mais verde ofereçam 18 milhões de empregos até 2030. Na América Latina e Caribe, a expectativa é de 1 milhão de empregos.  

O levantamento foi apresentado pela AEVO no Report “Indústria 5.0: desafios, tecnologias e Inovação Aberta”. O material, inédito no Brasil, foi construído nos meses de março a junho de 2023, com Startups IndTechs, especialistas da Indústria e representantes de empresas que já buscam se adaptar a esse novo conceito, como Basf, ArcelorMittal, Veracel, entre outras. O relatório completo pode ser acessado de forma gratuita

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