A ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e a Huawei, empresa chinesa de tecnologia, assinaram (10/10) um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) voltado à promoção da inovação e da transformação digital no Brasil. O acordo foi firmado entre o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, e o presidente de Relações Públicas e Institucionais da Huawei no Brasil, Fred Xuhongbo, durante a programação do Palco NIB, o principal do Festival Curicaca, novo evento nacional de tecnologia e inovação realizado em Brasília e apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Petrobras por meio da Lei de Incentivo Cultural.
A parceria tem como foco impulsionar o uso de tecnologias da Indústria 4.0 no setor produtivo, com ações como projetos-piloto, capacitações em 5G, inteligência artificial e internet das coisas, além do apoio a startups e pequenas empresas. O objetivo é ampliar a eficiência produtiva, estimular a pesquisa e fortalecer a integração entre governo, academia e indústria.
Anfitrião do Festival Curicaca, Ricardo Cappelli destacou a importância da cooperação entre os dois países e lembrou sua visita à sede da Huawei em Shenzhen, na China. “Foi impressionante ver de perto o que os chineses estão fazendo em inovação, inteligência artificial e cloud. Esse acordo nos traz a oportunidade de integração, de troca de experiências e de tecnologias que certamente abrirão novas possibilidades para os brasileiros e para a juventude do país”, afirmou.
Para Fred Xuhongbo, o acordo representa um passo estratégico para o fortalecimento da economia digital brasileira. “O Brasil está aprendendo a desenvolver uma economia digital, a formar talentos locais e ecossistemas tecnológicos. Muitas empresas locais podem crescer nos próximos anos. Talvez, no futuro, o Brasil tenha suas próprias versões da AWS, da Microsoft ou da Huawei. Esse é o nosso objetivo”, destacou.
O executivo também ressaltou o potencial da capital federal como polo tecnológico. “Queremos que Brasília se torne uma cidade digital, talvez até uma cidade modelo. Assim como a China desenvolveu grandes polos de inovação, o Brasil também pode trilhar esse caminho”, afirmou.
Xuhongbo defendeu ainda mais investimentos em educação e formação em áreas de STEM. “Na China, mais de dez milhões de estudantes se formam por ano, e mais da metade é de STEM. No Brasil, são cerca de 46 mil. Se incentivarmos mais jovens a seguir essas áreas, poderemos fortalecer universidades e criar um ecossistema próprio de inovação”, completou.

