O secretário-geral do Oiji – Organismo Internacional de Juventude para Ibero-américa, Max Trejo, participou da Cúpula do Youth 20, abordando o desafio da empregabilidade jovem diante da digitalização e da transição verde. Ele destacou a necessidade de competências digitais para enfrentar o desemprego e promover inserção no mercado global.
A Organização Internacional do Trabalho, em relatório divulgado no último ano, revelou que um em cada cinco jovens no mundo nem trabalha, nem estuda.
Para Trejo, no mundo atual vemos que os jovens duplicam ou triplicam os níveis de desemprego em comparação com adultos e também vemos empresas e atores que não encontram pessoas com as condições ou competências necessárias: há uma lacuna que se pode fechar. “Por exemplo, a digitalização: se avançarmos em uma direção que os jovens não apenas consumam tecnologia, mas produzam tecnologia, em que tenhamos, além de aptidões digitais, competências digitais, vamos empoderar as pessoas para uma empregabilidade imediata. Estou otimista de que no mundo do trabalho, devido à transformação dos empregos e das circunstâncias, os jovens podem ser vencedores, mas temos de ser criativos, não temos de recorrer a esquemas tradicionais”.
O relatório “Futuro do Emprego”, publicado no último ano pelo Fórum Econômico Mundial, fala exatamente isso: até 2027, cerca de 23% dos empregos vão mudar, e a transição verde e novas tecnologias serão os principais motores destas mudanças. O Oiji hoje lidera a Nova Agenda de Juventude, um esforço coletivo junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina e ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. A agenda trabalha os temas de inclusão, meio ambiente e governança, em diálogo direto com os eixos prioritários ao G20 Brasil.
O relatório “Futuro do Empregos”, publicado no último ano pelo Fórum Econômico Mundial, dá conta exatamente do que o secretário-geral do OIJ apresentou. De acordo com a publicação, até 2027, cerca de 23% dos empregos vão mudar, e a transição verde e novas tecnologias serão os principais motores destas mudanças. “Os empregos de crescimento mais rápido são os de especialistas em inteligência artificial e aprendizado de máquina, especialistas em sustentabilidade, analistas de inteligência de negócios e especialistas em segurança da informação”, destaca o texto. Um caminho às juventudes que pretendem se inserir no novo mercado de trabalho e também às que ainda não decidiram os rumos de seus estudos técnicos e/ou universitários.
A OIJ hoje lidera a Nova Agenda de Juventude, um esforço coletivo junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A agenda trabalha os temas de inclusão, meio ambiente e governança, em diálogo direto com os eixos prioritários ao G20 Brasil.
Em julho, o governo brasileiro recebeu representantes do Ministério do Trabalho e Economia Social da Espanha para compartilhar experiências exitosas dos países na pauta e aprimorarem ações neste rumo. Na atualidade, a Espanha é a nação europeia com um dos melhores resultados de empregabilidade entre jovens de 15 a 24 anos. Em 15 anos, a taxa de desemprego nesta faixa etária caiu de 52% para 21% no país. Entre diversos fatores, como a reforma trabalhista de 2021, o plano Garantia Juvenil (uma iniciativa europeia para inserção de jovens no mercado de trabalho) e a estratégia espanhola de apoio ao emprego colaboraram para esta marca. Na oportunidade, o Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil (MTE) destacou que o Brasil alcançou um recorde na contratação de jovens por meio da Lei da Aprendizagem, pela qual, neste ano, mais de 600 mil jovens aprendizes foram admitidos.