Durante o Congresso Mundial de Energia, que aconteceu em Roterdã, em abril, uma das discussões foi sobre a distribuição e as redes elétricas, suas atuais deficiências, gargalos e potencial inexplorado.
Sonya Twohig, secretária-geral da Rede Europeia do Operador da Rede de Transporte de Eletricidade (REORT-E), disse que a sociedade “está construída sobre uma rede elétrica segura e confiável” e pediu aos formuladores de políticas que “sejam pragmáticos sobre a transição: o gás e outros combustíveis intensivos em carbono ainda têm um papel na transição”. Para ela o futuro da rede “é o planejamento integrado: é necessário compartilhar um problema e uma visão. E devemos disponibilizar esses planos de forma visível a todas as partes interessadas para que possam ser desafiados”.
Manon van Beek, (terceira da esquerda para direita da foto) presidente-executiva da holandesa TenneT, disse que, ao discutir e planejar o desenvolvimento da rede, é vital “encontrar o meio termo entre a utopia e a realidade”. Ela acredita numa rede on-and-offshore interconectada na Europa, onde o Mar do Norte tem um grande papel. A TenneT defende a criação de zonas de licitação offshore – regiões de preço separadas para hubs offshore na Europa.
Manon ressaltou a importância da colaboração para entregar essa visão: “Só chegaremos lá se todos chegarmos lá. Trata-se de construir um clima econômico onde todos possamos crescer.” No entanto, ninguém construirá esse futuro a menos que a burocracia em toda a Europa seja reduzida: as permissões de planejamento continuam a ser o maior gargalo para o progresso nas redes. Manon destacou que um projeto de transmissão normalmente leva dez anos para ser entregue – e oito desses anos são procedimentos de planejamento.