O balanço da Eletrobras no segundo trimestre de 2024 registrou significativo aumento dos investimentos da companhia, que somaram R$ 2 bilhões, com elevação de 43% ante igual período do ano passado. O EBITDA regulatório recorrente no 2T24 foi de R$ 6 bilhões, com aumento de 9,6% (R$ 527 milhões) na comparação com o segundo trimestre de 2023.
“O desempenho financeiro da Eletrobras no segundo trimestre reflete o trabalho realizado por todos os colaboradores da companhia, sempre focado na disciplina financeira e na eficiência operacional. Seguimos fortalecendo a agenda ESG e a transformação cultural, que vão garantir nosso protagonismo na transição energética como a maior e mais sustentável empresa de energia elétrica do Brasil”, afirma o presidente Ivan Monteiro.
O aumento do EBITDA ocorre em função da elevação da receita bruta regulatória no segundo trimestre, para R$ 11,6 bilhões (+ 9% ante o mesmo trimestre de 2023) e da redução de 16% dos gastos recorrentes de Pessoal, Material, Serviço e Outros (PMSO), que atingiram R$ 1.576 milhões no 2T24, refletindo a busca contínua pela eficiência. Outro destaque foi a gestão financeira: no 2T24, a Eletrobras emitiu R$ 16,4 bilhões, sendo R$ 5,5 bilhões de debêntures em abril e R$ 10,9 bilhões em instrumentos diversos em junho.
Segundo Monteiro, a Eletrobras está operando com custos abaixo da meta estabelecida para este ano, avançando em iniciativas para cortes de despesas desde a privatização da empresa, e busca encerrar 2024 com custos PMSO em torno de R$7 bilhões ou menos, mas os resultados do segundo trimestre já apontam para a casa de R$6,3 bilhões de PMSO recorrente.
“Entre os principais avanços na gestão financeira podemos destacar, além da gestão de passivos, o foco na alocação de capital, com o lançamento do novo programa de recompra de ações, a conclusão do processo de incorporação de Furnas e a venda do nosso portfólio de usinas térmicas, que também vai contribuir para o processo de descarbonização e acelerar o alcance da meta Net Zero”, explica o vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Haiama.
A Eletrobras também registrou efeitos positivos da estruturação da área de comercialização, com novo aumento no número de clientes no mercado livre (ACL). No segundo trimestre, a empresa registrou 551 clientes, com alta de 108% ante igual trimestre do ano passado (265 clientes).
O montante de R$ 2 bilhões de investimentos no segundo trimestre incluiu geração, transmissão e aportes de capital em SPEs. Na geração, destaque para os investimentos de R$ 403 milhões na usina eólica de Coxilha Negra, instalada em Santana do Livramento (RS). Na transmissão, a companhia está implementando 246 empreendimentos de reforços e melhorias de grande porte, com CAPEX estimado de R$ 7,8 bilhões e uma com Receita Anual Permitida (RAP) adicional associada de R$ 1,2 bilhão entre 2024 e 2028.
Os destaques na agenda ESG da empresa incluem a assinatura de novos Memorando de Entendimentos para desenvolvimento de hidrogênio verde, o desinvestimento em usinas térmicas e lançamento dos relatórios SASB Sustainability Accounting Standards Board; ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Caderno de Relacionamento com Comunidades. Em governança, destaque para a criação de um Comitê de Sustentabilidade formado por membros do Conselho de Administração e o lançamento do novo Código de Conduta.