Arrematado no Leilão de Transmissão Aneel 01/2022, o Projeto Gavião Real é composto pela ampliação da Subestação Itacaiúnas, com implantação de dois transformadores 230/138kV e novo pátio de 138kV para atendimento da rede de distribuição de energia no Pará. Terceiro ativo de transmissão da ENGIE, a implantação de Gavião Real aproveitou sinergias com Novo Estado Transmissora de Energia, desenvolvido pela Companhia, cuja operação comercial iniciou em dezembro de 2021.
Com investimento da ordem de R$ 80 milhões, e Receita Anual Permitida contratada de R$ 7,1 milhões (base julho/23), Gavião Real foi finalizado com antecipação de 20 meses em relação ao prazo máximo estabelecido pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica.
“Temos agora três concessões de transmissão de energia em operação comercial e estamos avançando na implantação de outros 1.000 quilômetros de linhas de transmissão com o projeto Asa Branca, totalmente aderente à nossa estratégia de crescimento na infraestrutura de transmissão do Brasil e diversificação do portfólio”. Eduardo Sattamini, diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia
O segmento de transmissão é o mais recente de atuação da Companhia. No entanto, os sistemas Novo Estado, nos estados do Pará e Tocantins, e Gralha Azul, no Paraná, já foram destaque em 2023 por terem concluído 100% de sua energização. Juntos, os dois projetos somam cerca de 2,7 mil quilômetros de linhas e 6 subestações próprias – além de subestações conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e operadas por outras empresas. A vigência de ambos os contratos de concessão vai até março de 2048.
O Projeto Novo Estado foi concebido para fortalecer o escoamento da geração de energia de grandes hidrelétricas do Norte do país, otimizando o SIN. Com R$ 3,2 bilhões em investimentos, ao todo foram 3.634 torres instaladas ao longo de 1.800 quilômetros de linhas de transmissão de 500kV, passando por 24 municípios.
Já Gralha Azul inclui dez linhas de transmissão, com cerca de mil quilômetros de extensão, que atravessam outros 24 municípios, no Paraná, e interligam dez subestações – cinco novas e outras cinco já existentes que foram ampliadas.
Denominado Asa Branca, o empreendimento irá percorrer aproximadamente 1.000 quilômetros pelos estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Com concessão de 30 anos a contar da data de assinatura, em 27 de setembro de 2023, o sistema Asa Branca desempenhará papel vital ao transmitir principalmente energia renovável gerada nos parques eólicos e solares do Nordeste para o Sudeste.
As obras irão contemplar a ampliação de cinco subestações já existentes e estão programadas para iniciar neste segundo semestre de 2024, com duração de 66 meses e expectativa de gerar quase 4.900 empregos diretos, de acordo com estimativas feitas pela Aneel.
“Quando Asa Branca estiver concluído, iremos somar mais de 3.700 quilômetros de linhas de transmissão sob nossa operação, trazendo perenidade para a Companhia no Brasil e promovendo o desenvolvimento para as comunidades locais”, José Laydner, diretor de Operação da ENGIE Brasil Energia
O investimento da ENGIE em linhas de transmissão é uma diversificação do seu portfólio no Brasil. Os empreendimentos se enquadram ainda em um dos principais pilares da ENGIE no mundo, que é liderar o processo de transição energética com foco em energia renovável. O reforço do sistema de transmissão brasileiro e o transporte mais eficiente da energia elétrica, majoritariamente oriunda de fontes renováveis, contribuem, ainda, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, portanto, são elegíveis para fazer parte do portfólio de Green Bonds emitidos pelo Grupo.
Em um sistema interligado como o brasileiro, as linhas de transmissão desempenham papel crucial. Elas funcionam como as artérias do sistema elétrico, facilitando o transporte eficiente da eletricidade gerada em áreas remotas e propensas a fontes de energia renovável para os centros de demanda.
No caso das eólicas, as linhas de transmissão viabilizam a integração de diferentes ativos, aproveitando as áreas com ventos favoráveis em diferentes partes do país, promovendo assim a diversificação da matriz energética e redução da dependência de energia a partir de fontes não renováveis.