A Frente Parlamentar de Química está em visitas aos polos petroquímicos brasileiros e esteve esta semana no Polo de Cubatão, onde Yara, Braskem e Unipar receberam os deputados federais Flavio Nogueira e Afonso Motta – Presidente da FPQuímica -, e deputados estaduais Romulo Fernandes e Luiz Fernando, presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Indústrias Química e Farmacêutica do Estado de São Paulo. Representantes dos sindicatos também acompanharam as apresentações.
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Na Yara, empresa com cinco sites e 18 plantas em Cubatão, os visitantes tomaram ciência de que o complexo da Yara é o maior consumidor de gás natural do Estado de São Paulo, principal produtor de Amônia no Estado e de Nitrato de Amônio no país. Produz amônia com emissões de carbono significativamente mais baixas. A fábrica da Yara vem operando com capacidade máxima, mas ainda precisa importar uma parte dos insumos e o gás natura é cerca de 80% dos seus custos de produção. Nesse contexto, a empresa tem que lidar com preços muito mais altos do gás do que os praticados no mercado internacional: paga U$15 o que poderia custar US$4 ou mesmo US$2. A Yara está em processo de troca de tecnologia de produção, para uma que consuma menos gás. Mas, mais importante: o único fabricante de amônia do país deve ter que trocar seu tanque de 14 mil toneladas – e nesse meio tempo, o mercado faz o quê?
Os parlamentares anotaram os desafios e seguiram para a Braskem, onde puderam entender a importância estratégica do Polo Petroquímico de Cubatão na geração de
empregos, renda, desenvolvimento socioeconômico e arrecadação de tributos, bem como a
adoção de práticas sustentáveis e tecnologias avançadas presentes no Polo.
Na Unipar, conheceram a empresa líder na produção de cloro e soda e segunda maior produtora de PVC na América do Sul, onde puderam entender o impacto do volume de impostos – mais do que recebem os acionistas em um ano – e anotaram a diferença entre simplificar a cobrança e reduzi-la. Na Unipar, os insumos e matérias-primas são responsáveis por 90% dos custos. A indústria petroquímica brasileira – que se está entrando numa fase de baixa esperando o aumento de importações – pode afirmar que é competitiva (ainda). A Frente parlamentar se comprometeu a encaminhar essas questões enquanto se prepara para visitar os outros polos brasileiros.
O encontro foi organizado pelo Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química (IdQ), liderado por Paulo Engler, reúne Abiquim, Abipla, Abiclor, Abifina, Abiquifi, Abrafati, Instituto do PVC, Croplife e tem a parceria do Conselho de Química.