Governo Federal e Petrobras anunciam investimentos de R$ 2,6 bilhões na Bahia

Em evento no Estaleiro Enseada, em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, foi celebrado o contrato de construção de seis embarcações de apoio marítimo offshore, que serão construídas no Estaleiro Enseada. O evento marca também o retorno das atividades da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) da Bahia, prevista para ocorrer até o final de 2025. Ao todo serão investidos mais R$ 2,6 bilhões no estado, por meio desses dois projetos.

Foi assinado, ainda, um protocolo de intenções que dá início às tratativas da Petrobras com o estado da Bahia, para o acostamento de plataformas que passarão por processo de descomissionamento no canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu (BA). O protocolo também prevê a disponibilização de parte do canteiro para que estado da Bahia utilize a área como apoio à construção da Ponte Salvador-Itaparica.

Com foco na cadeia produtiva local, os investimentos da Petrobras voltam a impulsionar a indústria naval no estado. “Há cerca de dez anos o setor naval na Bahia foi deixado de lado, causando perda de empregos e queda de arrecadação para o estado. Estamos retomando investimentos que não deveriam ter sido abandonados e assim viabilizando projetos importantes para a Petrobras, com impacto direto na geração de empregos, desenvolvimento industrial e fortalecimento da cadeia produtiva local”, declara a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

As seis embarcações são do tipo ORSV (Oil Spill Response Vessel), especializadas em atividades de controle de vazamentos em alto-mar, e serão afretadas para a Petrobras pela Empresa Brasileira de Navegação CMM Offshore Brasil e construídas no Estaleiro Enseada, em Maragogipe, a cerca de 130 km de Salvador. O investimento total é estimado em R$ 2,58 bilhões, com previsão de 4 anos para construção e 12 anos de operação para cada contrato.

O investimento prevê utilização de no mínimo 40% de conteúdo local na fase de construção.

As embarcações serão equipadas com um sistema propulsivo híbrido, que combinará motores elétricos e baterias com geradores movidos a diesel/biodiesel, além da possibilidade de conversão futura para etanol/metanol, capazes de reduzir em até 25% de emissões de CO2.

No total no Brasil, a Petrobras está investindo na construção de 22 novas embarcações de apoio Offshore, sendo 12 embarcações do tipo PSV (Platfform Supply Vessel), especializadas no transporte de suprimentos e equipamentos para plataformas e em construção, além de 10 ORSVs, que incluem os seis a serem construídos na Bahia.

A Petrobras concluiu em setembro a licitação para contratação de serviços de operação e manutenção das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia e de Sergipe (Fafen-BA e Fafen-SE), o que viabilizará o reinício das atividades das duas plantas. Então, está em curso o processo de desmobilização, encerramento do contrato de arrendamento anterior e a mobilização de recursos para a retomada da operação. O retorno à operação das plantas ocorrerá até final de 2025, possibilitando produção de amônia, ureia perolada e ARLA-32, utilizando contrato que ainda inclui a operação dos Terminais Marítimos de Amônia e Ureia no Porto de Aratu, em Candeias, na Bahia.

Na Fafen Bahia, o investimento previsto para a retomada da unidade (condição de operação) é R$38 milhões e a estimativa é de que sejam gerados 750 empregos diretos.

Já a assinatura de protocolo de intenções para estudar a viabilidade de utilização do canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu é uma alternativa para atividades de desmantelamento sustentável (descomissionamento) de plataformas flutuantes de produção de petróleo e gás. Atualmente sem utilização, o canteiro conta com uma infraestrutura que inclui cais com capacidade para atracação de embarcações do tipo FPSO e semissubmersíveis, além de áreas administrativas, oficinas e alojamentos.

O protocolo visa explorar o uso da área para acostamento temporário e desmantelamento parcial de plataformas, alinhando-se às demandas previstas até 2029, período em que diversas unidades da Petrobras estarão em processo de descomissionamento.

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