A Veloe, em parceria com a Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, divulgou os dados do Monitor de Preços de Combustíveis de julho de 2024, revelando um cenário de alta abrangente nos valores dos combustíveis em todo o país. O reajuste anunciado pela Petrobrás no início do mês, que elevou em 7,1% o preço da gasolina para as distribuidoras, foi um dos principais fatores que contribuíram para o resultado.
Os dados do monitor mostram que, entre junho e julho, praticamente todos os combustíveis apresentaram alta nos preços médios, com destaque para o etanol (+5,2%) e a gasolina comum (+3,5%).
Em contraste, o gás natural veicular (GNV) foi o único dos seis combustíveis acompanhados pela pesquisa a apresentar queda de preço no período (-0,8%). Comparativamente, no balanço parcial de 2024, os aumentos abrangeram todos os combustíveis, liderados, também neste recorte temporal, pelo etanol hidratado (+14,4%) e gasolina comum (+7,5%).
Alternativamente, adotando como referência os últimos 12 meses, cinco dos seis combustíveis monitoradas registraram valorização nas bombas, destacando-se, neste horizonte temporal, o comportamento dos preços do diesel comum (+20,5%) e do diesel S-10 (+20,0%). Embora inferiores, os aumentos acumulados pela gasolina comum (+8,3%), gasolina aditivada (+7,7%) e etanol (6,1%) também foram relevantes, contrastando com os preços do GNV, com queda de 1,0%.
Os dados mais recentes do Monitor de Preços de Combustíveis evidenciam um cenário desafiador para o consumidor brasileiro, com aumentos generalizados nos preços dos combustíveis. Além de pesarem diretamente no bolso do consumidor brasileiro, os resultados pressionam os custos de transporte, consequentemente, a inflação de outros produtos e serviços. Essa tendência impõe desafios para a economia e exige medidas para mitigar os impactos sobre a população.
A razão entre os preços do etanol e da gasolina foi de 70,4% na média das UFs e 70,3% na média das capitais. Embora essa relação ainda não demonstre uma clara vantagem entre abastecer com etanol ou gasolina, a tendência recente, com maior encarecimento do etanol em relação à gasolina, tem favorecido a escolha pela gasolina.
Essa análise é influenciada por fatores regionais específicos que afetam a oferta e demanda de cada combustível. No eixo Sul-Sudeste (como São Paulo e Paraná) e Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás), o etanol mantém uma pequena vantagem. No Nordeste (Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Maranhão, entre outros) e em alguns estados do Sul (notadamente, Rio Grande do Sul), a gasolina é a opção claramente mais vantajosa.
Para mais detalhes, acesse a última edição do Monitor de Preços de Combustíveis do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade (julho/2024)