Líderes globais e ambientalistas se encontraram em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde aconteceu a 28ª Conferência das Partes das Nações Unidas – COP28. O CEO da green4T, empresa brasileira de serviços de tecnologia, Eduardo Marini, participou do painel “Inovação Sustentável para um Futuro Sustentável”, organizado pela Responding to Climate Change, organização sem fins lucrativos que é Observadora oficial da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC). O objetivo é mostrar como as empresas, organizações e governos que dependem do processamento de dados para as suas atividades podem embarcar numa jornada de eficiência energética para reduzir o impacto ambiental causado pelo consumo de energia dos centros de dados.
A Agência Internacional de Energia estima que os data centers consomem entre 1 e 1,5% de toda a energia elétrica produzida globalmente num ano. Em termos precisos, 201 TWh, ou 40,4% de toda a eletricidade consumida no Brasil em 2021. Nos piores cenários, os data centers mundiais consumirão aproximadamente 20% da energia elétrica mundial, respondendo por 5,5 % das emissões de carbono. O tema entrou na agenda dos governos europeus. Em setembro passado, o Parlamento alemão sancionou a “Lei de Eficiência Energética”, um conjunto de medidas para reduzir o consumo de energia eléctrica no país em 26,5% até ao final da década, face a 2008.
E a green4T tem trabalhado para reduzir o consumo de energia em data centers em até 60%: a “jornada de eficiência” proposta inclui uma série de etapas que vão desde uma abordagem orientada por dados até à gestão do centro de dados, passando pela renovação de hardware e equipamento, bem como pela otimização de aplicações de software. Estas ações combinadas reduzem substancialmente a energia necessária para o processamento de cargas de trabalho de dados, tornando a infraestrutura tecnológica “mais verde”. Com o crescimento exponencial na geração de dados alimentado pela ascensão da IoT e das tecnologias baseadas em IA, manter a eficiência energética da infraestrutura tecnológica tornar-se-á um passo crítico para as empresas alcançarem os objetivos sustentáveis estabelecidos pelo Acordo de Paris.