Mais de 130 países se reúnem para impulsionar o financiamento da natureza e apoiar as metas globais de biodiversidade

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A sexta edição da Conferência Global sobre Financiamento da Biodiversidade foi organizada pela Iniciativa de Financiamento da Biodiversidade (BIOFIN) do PNUD.

Mais de 130 países se reuniram no Chile para buscar o endosso de metas globais de biodiversidade e a discussão de soluções financeiras inovadoras para a proteção da natureza.

Com 92 novos países avançando nos ‘Planos Nacionais de Financiamento da Biodiversidade’, a sexta edição da Conferência Global sobre Financiamento da Biodiversidade sinalizou uma onda crescente de apoio global ao Marco Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, seguindo os passos da Conferência da ONU sobre Biodiversidade (COP16) no início deste ano. E a mensagem foi clara: inovação em finanças públicas, reaproveitamento de subsídios, engajamento do setor privado e acesso a financiamento para povos indígenas e comunidades locais são essenciais para o financiamento sustentável da natureza.

“Hoje, o principal desafio é tornar visível a biodiversidade e reconhecer seu papel crítico no desenvolvimento econômico, na organização social e na identidade de nossos países, levando sua compreensão a uma dimensão clara, mensurável e integrada nas contas nacionais e no desenvolvimento econômico sustentável”, destacou a ministra do meio ambiente do país anfitrião, Maisa Rojas, durante a sessão de abertura. 

Aproximadamente um milhão de espécies de animais e plantas estão atualmente ameaçadas de extinção, muitas nas próximas décadas. Esse declínio é impulsionado principalmente por atividades humanas, incluindo mudanças no uso da terra e do mar, exploração direta de organismos, mudanças climáticas, poluição e a introdução de espécies invasoras.

“A proteção da natureza não é apenas uma prioridade entre muitas – é a base que sustenta nossas economias, nossas sociedades e a promessa de um futuro digno”, afirmou a secretária-geral assistente da ONU e diretora regional do PNUD para a América Latina e o Caribe, Michelle Muschett. “Enquanto o PNUD marca 60 anos de avanço do desenvolvimento sustentável, reafirmamos nosso compromisso com soluções que protegem, restauram e sustentem os ecossistemas que ancoram a resiliência, a prosperidade e o bem-estar do planeta e das gerações presentes e futuras”, acrescentou.

A delegação brasileira contou com a participação do subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroalimentares do Ministério da Fazenda do Brasil, Gilson Alceu Bittencourt; da coordenadora a Unidade de Desenvolvimento Ambiental Sustentável do PNUD no Brasil, Luana Lopes; e da coordenadora do BIOFIN Brasil, Isabel Rodrigues.
UNDP

Em parceria com o BIOFIN do PNUD, o GEF – uma iniciativa global dedicada a conceber e implementar soluções de financiamento da biodiversidade em escala – está apoiando mais de 90 países no desenvolvimento de Planos de Financiamento da Biodiversidade.

Esses planos foram reconhecidos na COP16 da Biodiversidade da ONU, na Colômbia, como uma ‘ação facilitadora’ para fechar a lacuna global de financiamento da biodiversidade, que é de mais de US$ 700 bilhões por ano.

“O GEF tem o prazer de trabalhar com o BIOFIN para acelerar as ações que fecharão a lacuna de financiamento da biodiversidade e ajudarão o mundo a alcançar os objetivos da Estrutura Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal”, disse o diretor executivo e presidente do GEF, Carlos Manuel Rodríguez.

Um tema recorrente na conferência foi o papel crescente do setor privado na condução de decisões de investimento positivas para a natureza, por meio de instrumentos de financiamento misto, como títulos verdes, e abordagens como acesso e compartilhamento de benefícios, bem como contribuições para recursos genéticos nos quais seus negócios estão ancorados.

“O desafio é como potencializar as ações para a sociobiodiversidade. Isso pode ser diretamente através do suporte à produção e às comunidades que preservam a biodiversidade”, afirmou o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroalimentares do Ministério da Fazenda do Brasil, Gilson Alceu Bittencourt, durante o painel “A bioeconomia pode ser positiva para o financiamento da natureza?”.

Uma mudança global para economias positivas para a natureza poderia gerar até US$ 10 trilhões em novas oportunidades de negócios, de acordo com o Compromisso com a Natureza do PNUD – um compromisso emblemático para apoiar 140 países a atingir as metas globais de biodiversidade.

“Esta conferência exemplifica o impulso que estamos construindo por meio do Compromisso com a Natureza do PNUD para mudar a forma como contabilizamos a natureza em nossos sistemas econômicos e financeiros em todo o mundo”, disse a diretora global do Centro da Natureza do PNUD, Midori Paxton.

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