Nanoscópio vence prêmio

@AgênciaFapesp

Foram anunciados (22/02) os três vencedores do Prêmio Péter Murányi 2024, que teve como foco “Ciência & Tecnologia”. O primeiro colocado foi o projeto “Nanoscópio: A Ciência e a Tecnologia Ampliando a Realidade”, desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sob a coordenação do professor Ado Jório de Vasconcelos.

O objetivo principal foi desenvolver e produzir um nanoscópio, equipamento óptico que revela imagens na escala do nanômetro (medida 1 bilhão de vezes menor que o metro) e que pode ser utilizado no desenvolvimento da nanotecnologia. Entre as aplicações estão o estudo de materiais bidimensionais, como o grafeno, e de materiais de interesse da agroindústria, como os biocarvões. O instrumento já foi patenteado e a tecnologia está pronta para ser transferida à indústria.

Em segundo lugar ficou o projeto “Reator sustentável: constituído por eletrodos de óxidos metálicos e células solares, para aplicações na descontaminação de água ou conversão de CO2 utilizando energia solar”, coordenado pela pesquisadora Claudia Longo na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e apoiado pela FAPESP no âmbito do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) – um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell.

Uma das aplicações da tecnologia é a remoção de contaminantes da água, como resíduos de pesticidas e de medicamentos. Durante o experimento realizado como prova de conceito, a tecnologia se mostrou capaz de eliminar da amostra o antibiótico amoxicilina. Outro uso possível é a conversão de dióxido de carbono (CO2) em produtos de valor comercial, como o etanol.

O terceiro colocado foi o projeto “Tecnologia para redução da evasão escolar”, conduzido por Leonardo Souza na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). O objetivo foi criar uma solução de baixo custo, baseada em inteligência artificial, que ajuda a identificar precocemente estudantes em situação de abandono escolar e mapear os motivos que levam o estudante a deixar a escola, entre outras finalidades. A estratégia foi testada em duas cidades da Bahia e se mostrou capaz de reduzir a evasão escolar pela metade.

Ao todo, foram avaliados 144 trabalhos indicados por 78 instituições de todo o país para participar da 22ª edição do Prêmio Péter Murányi. Os três finalistas foram escolhidos pela Comissão Técnica & Científica, composta por Lucindo José Quintans Júnior (Universidade Federal de Sergipe), Luiz Eugênio Mello (Universidade Federal de São Paulo), José Oswaldo de Siqueira (Universidade Federal de Lavras) e Marco Antonio Bego (Universidade de São Paulo).

Instituída em 1999, a premiação é promovida anualmente com o objetivo de reconhecer e premiar trabalhos que, de forma inovadora e prática, contribuam para a melhoria da qualidade de vida das populações. Ao todo oferece R$ 250 mil aos finalistas, além de troféu e certificado de reconhecimento público.

Últimas Notícias

Federações indicam greve de dois dias no Sistema Petrobras

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), junto com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), anunciaram uma greve de advertência nas unidades do Sistema Petrobras....

Shell conclui aquisição de participação operacional na plataforma Ursa

A Shell Offshore Inc. e a Shell Pipeline Company (SPLC), subsidiárias da Shell plc, concluíram o acordo anunciado anteriormente para aumentar sua participação na plataforma Ursa,...

Royalties Verdes podem compensar não exploração de petróleo na Amazônia

Bibiana Alcântara Garrido especialista de comunicação do IPAM Em um planeta superaquecido pela queima de combustíveis fósseis, alternativas ao capital advindo do petróleo podem beneficiar...