David Baker, chefe do Instituto de Design de Proteínas da Universidade de Washington, recebeu o Prêmio Nobel de Química ao lado de Demis Hassabis e John M. Jumper, do Google DeepMind. A pesquisa pioneira de Baker se concentra em entender como cadeias de aminoácidos se dobram em proteínas funcionais usando ferramentas computacionais, um processo essencial para toda a vida.
Demis Hassabis e John Jumper desenvolveram um modelo de IA para resolver um problema de 50 anos: prever as complexas estruturas das proteínas. Essas descobertas têm um enorme potencial de aplicação.
A diversidade da vida atesta a incrível capacidade das proteínas como ferramentas químicas. Elas controlam e impulsionam todas as reações químicas que, juntas, são a base da vida. As proteínas também funcionam como hormônios, substâncias sinalizadoras, anticorpos e os blocos de construção de diferentes tecidos.
Em 2020, Demis Hassabis e John Jumper apresentaram um modelo de IA chamado AlphaFold2 que consegue prever a estrutura de praticamente todas as 200 milhões de proteínas que os pesquisadores identificaram. Desde seu avanço, o AlphaFold2 tem sido usado por mais de dois milhões de pessoas em 190 países. Entre uma miríade de aplicações científicas, os pesquisadores agora podem entender melhor a resistência a antibióticos e criar imagens de enzimas que podem decompor plástico.