A 54ª edição do Fórum Econômico Mundial (WEF), em Davos, cujo tema foi ‘Reconstruindo a Confiança’, focou pouco em assuntos ligados à macroeconomia e deu ênfase a pautas de sustentabilidade, tecnologia e conflitos internacionais. As ausências do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pesaram mais do que a presença dos ministros da saúde, do meio ambiente e das minas e energia – Nísia Trindade, Marina Silva e Alexandre Silveira, respectivamente. O Brasil pautou
Durante o WEF, a PwC divulgou seu novo estudo sobre os CEOs, que entrevistou mais de 4 mil líderes de grandes empresas do mundo, os CEOs brasileiros estão mais otimistas com o crescimento econômico do que a média global: enquanto 55% dos CEOs brasileiros disseram que haverá aceleração no PIB nacional em 12 meses, seus pares internacionais foram menos confiantes (só 36% acreditam em melhora do PIB nos próximos 12 meses). O estudo mostrou que o custo global de ineficiência variou entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões, o que representa entre 7% e 13% do PIB global.
As principais ameaças para os executivos são a inflação e a instabilidade macroeconômica enquanto, para o Relatório de Riscos Globais 2024 lançado no fórum, cinco dos 10 principais riscos nos próximos 10 anos são referentes às questões ambientais (eventos climáticos extremos, mudança crítica nos sistemas terrestres, perda de biodiversidade e colapso do ecossistema, escassez de recursos naturais e poluição)
Segundo a PwC, o Brasil faz parte de um grupo privilegiado para atração de investimentos. Entre os motivos, é um país sem grandes conflitos, com perspectivas econômicas mais positivas, com boas oportunidades.
A McKinsey preparou um resumo das reflexões mais importante do encontro de Davos: ser mais resiliente, mais inovador e ter melhor desempenho financeiro -mas para chegar aí, é preciso cooperação multifacetada – é preciso saber coopetir, equilibrar competição com cooperação; a sustentabilidade é um imperativo empresarial; o sucesso depende de abordagens abrangentes que incluam vontade, competência, rigor e uma esfera de ação adequada; combinar talentos e contratar baseado em competência; estar atento e envolvido com a IA generativa é fundamental; estar atento à saúde das mulheres – porque isso pode impulsionar a economia em US1 bilhão até 2040; manter a diversidade na pauta; não negligenciar o potencial de Bharat/Índia.