Panorama Naval 2024 destaca potencial de recuperação da indústria


A Firjan SENAI SESI lançou a 6ª edição do Panorama Naval no Rio de Janeiro, em 20/8. O evento destacou o papel estratégico da indústria naval para a economia do estado e a importância da publicação como ferramenta para o desenvolvimento desse mercado. A nova edição explicitou, por meio do Mapa Naval, o Rio como um hub para atendimento à retomada as demandas da indústria naval, com ampla base industrial de cerca de 2.400 fornecedores de bens e serviços no estado incluindo amplo parque siderúrgico.

Raul Sanson, vice-presidente da federação, ressaltou a contribuição da Firjan na retomada das atividades de construção naval. “Temos promovido diversas ações para destacar os impactos da indústria naval no estado do Rio de Janeiro e no Brasil. Já fomos o segundo maior fabricante de navios do mundo, e essa ampla cadeia fornecedora está preparada para dar todo suporte necessário. O Sistema Firjan, por meio do SENAI e SESI, com seus centros de tecnologia, capacitação profissional e investimentos, está pronto para seguir nessa jornada, contribuindo para que a indústria naval retome seu papel central no cenário nacional”, afirmou.

Sérgio Bacci, presidente da Transpetro, falou sobre o papel fundamental da federação no apoio ao mercado: “É uma honra ver que a indústria naval conta com o apoio da Firjan. Esse evento é fundamental para o setor, que enfrentou anos difíceis após atingir seu auge”. Ele destacou o Programa TP25, que prevê a contratação de novas embarcações, e o compromisso da Transpetro com a inovação tecnológica. “O TP25 vai impulsionar a empresa para o futuro, criando perspectivas de crescimento e uma frota mais sustentável”, explicou.

Subsecretário Adjunto de Economia do Mar, Marcelo Felipe Alexandre abordou o potencial fluminense, ressaltando a presença de mais da metade dos grandes estaleiros do Brasil no estado do Rio. “Temos aqui instalados mais da metade dos grandes estaleiros do Brasil e um potencial gigantesco na área de indústria naval. Esta ferramenta é essencial para analisarmos o cenário atual e as perspectivas futuras”. Alexandre também mencionou políticas públicas, como a inclusão das temáticas da economia azul nas grades curriculares, visando desenvolvimento de conhecimento sobre o potencial do mar.

O impacto da indústria naval na economia nacional e a geração de empregos foi pautado por Dino Batista, secretário Nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério de Portos e Aeroportos: “A indústria naval brasileira tem o potencial de revitalizar a economia e gerar empregos significativos. A política pública deve atuar como um elo entre a iniciativa privada e a realidade”. Ele destacou o investimento de R$ 24 bilhões no Fundo da Marinha Mercante e a importância de políticas públicas bem elaboradas para estimular o mercado.

Karine Fragoso, gerente-geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, expressou seu entusiasmo ao ver os principais agentes do mercado reunidos: “Estamos muito animados de fazer esse trabalho junto com vocês. É um recado positivo na direção correta para contribuirmos pelo crescimento sustentável de nossa industrial naval”.

João Augusto Azeredo, vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), reforçou a capacidade de atender a demanda. “Os estaleiros estão preparados e capacitados, com certificações e aprovações que os colocam entre os mais avançados em termos de tecnologia, governança e engajamento comunitário. Precisamos de um novo fundo garantidor para a construção naval e melhorar nossa capacidade de resposta ao crescente tensionamento geopolítico”.

Presidente da Câmara Setorial de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Leandro Pinto acrescentou: “A construção naval exige mão de obra altamente especializada, e a integração entre capacidades de suporte e conhecimento local é vital. O crescimento da indústria naval promove inovação significativa e gera uma demanda constante por novas tecnologias, fortalecendo a cadeia de suprimentos e a competitividade global”.

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