A Positivo Tecnologia, por meio do Fundo de Investimento de Participações (FIP), anuncia o investimento de R$ 32 milhões na Earth Renewable Technologies (ERT), primeira empresa emergente da América Latina focada na produção de plásticos com base em biopolímeros. Desde 2021, a startup atua no Brasil e já figura como a maior do setor de bioplástico compostável na América Latina.
Com esse aporte e também com o apoio estratégico da Positivo Tecnologia, a ERT viabilizará iniciativas sustentáveis na produção de materiais de uso cotidiano como embalagens e sacolas descartáveis por meio do bioplástico. No Brasil, apenas 1,2% do plástico produzido é reciclado. De acordo com estudo feito pela organização não governamental World Wide Fund for Nature, o país figura como o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia.
Com o investimento e a recente implantação em Manaus da Lei Municipal 485/2021 que exige sacolas de origem bioplástica, a ERT acelera os planos de sua produção na capital amazonense. A atração da empresa para a região faz parte do compromisso da Positivo Tecnologia em fomentar o desenvolvimento de empresas que estejam alinhadas com as vocações locais de negócios ligados a bioeconomia e que construam novas matrizes econômicas na região da Zona Franca de Manaus. O investimento é proveniente da Lei de Informática da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Dentro dos benefícios da operação no Amazonas está a colaboração com instituições de pesquisa locais no desenvolvimento de novos plásticos compostáveis e no incentivo da utilização de bioinsumos regionais.
“Buscamos a evolução contínua dos nossos bioplásticos e incentivamos a bioeconomia local para inserir o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável”
”, explica Emanuel Martins, COO da Earth Renewable Technologies responsável pela unidade Manaus.
O investimento da Positivo Tecnologia na ERT insere a fabricante de bioplásticos no ecossistema de inovação da Zona Franca de Manaus e consequentemente fortalece o compromisso da empresa brasileira de tecnologia na busca de alternativas sustentáveis para o mercado em que atua. A aplicação de recursos em startups pela Positivo Tecnologia é pilar estratégico do Programa de Corporate Venture Capital da Companhia. Desde 2018, a legislação permite que empresas beneficiadas pela Lei de Informática apliquem parte de suas obrigações em Fundos de Investimento em Participações que sejam autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários. A Positivo Tecnologia foi pioneira a utilizar este mecanismo ao reforçar o compromisso com o fomento e desenvolvimento de tecnologias e empresas nacionais.
Além do valor investido, a Companhia oferece apoio estratégico, suporte operacional e acesso facilitado à rede de parceiros de seu ecossistema para acelerar o desenvolvimento das empresas investidas.
“Estamos ampliando a pauta ESG em nossos investimentos com o estímulo de startups que tenham soluções para o avanço do desenvolvimento sustentável da Amazônia legal e fortalecimento do ecossistema de inovação regional. O aporte em uma empresa emergente de bioeconomia como a ERT, que foca toda a capacidade tecnológica em prol da inovação e sustentabilidade, demonstra bem essa vertente. Nosso compromisso com a ERT reforça nossas práticas pela busca de soluções que aceleram o uso do bioplástico em descartáveis bem como nossa busca para soluções para utilização em bens duráveis”, afirma Graciete de Lima, responsável pelo Programa de Corporate Venture Capital da Positivo Tecnologia.
A ERT desenvolveu uma tecnologia que transforma a cana-de-açúcar em plástico. Basicamente, a startup compra o ácido lático, um composto químico produzido a partir da cana-de-açúcar, e transforma essa substância em bioplástico. Depois de usado, o plástico da ERT pode ser ‘compostado’ e transformado em matéria orgânica, como por exemplo, adubo para plantas. O grande diferencial da tecnologia da ERT em comparação a outros fabricantes de bioplástico é o que o SFRP, sigla para Short Fiber Reinforced Polymer. O resultado dessa tecnologia é que o bioplástico da ERT pode ser usado em diversos materiais, sejam sacolas plásticas, talheres, embalagens de produtos ou copos. Há estimativa de que até 2030 cerca de 40% de todo o plástico seja bioplástico. Isso representaria um mercado potencial de US$ 50 bilhões/ano para a ERT em todo o mundo. O plano da startup é multiplicar a capacidade de produção anual por 10 ao passar das 3,5 mil toneladas atuais para cerca de 35 mil ao ano.