A PPSA poderá arrecadar mais de R$ 500 bilhões com a comercialização das parcelas de petróleo e gás da União em 19 contratos de partilha e nos acordos de individualização da produção de Mero, Atapu e Tupi no próximo decênio. A estimativa faz parte do estudo “Estimativa de produção dos contratos de partilha e de arrecadação para os cofres públicos no período 2025-2034″, elaborado pela PPSA e apresentado no Fórum Técnico anual da empresa pela Presidente Interina, Tabita Loureiro. Segundo a executiva, considerando ainda os valores a serem pagos com royalties e tributos, a arrecadação total para os cofres públicos com estes contratos pode superar R$ 1 trilhão.
O estudo elaborado pela PPSA apresenta três cenários para os resultados da União nos próximos dez anos: Pessimista, Mais Provável e Otimista, com variação no preço do petróleo e do gás, na taxa de câmbio e entrada em produção de plataformas, entre outras variáveis. A estimativa de R$ 500 bilhões é baseada no cenário Mais Provável, de US$ 70 o barril e taxa de câmbio de R$ 5,43, considerado um cenário conservador. Segundo Tabita, independente do panorama escolhido, todos apontam para aumento da produção.
“A produção de óleo da União acaba de alcançar a marca de cem mil barris por dia (bpd) em outubro, o que nos coloca, pela primeira vez, como quinto maior produtor nacional. Neste estudo, se considerarmos o cenário Mais Provável, a produção da União alcança o pico em 2030, com 543 mil bpd. No cenário Otimista chega a 583 mil bpd. Isso mudará totalmente os volumes de comercialização do petróleo da União ”, explicou.
Tabita ressaltou, entretanto, que embora as projeções sejam animadoras, os números apresentados no ano passado para o período 2024-2033 estimavam um incremento ainda maior. “No estudo anterior, o pico de produção da União seria alcançado um ano antes, em 2029, com 564 mil barris por dia. A postergação e o volume menor são explicados pelo atraso no início de produção de plataformas de alguns campos, pelo adiamento de perfuração de poços programados e pelo aumento de custos de alguns projetos, que impactam na recuperação de custo em óleo. O mercado tem sofrido com reajustes contratuais na construção e montagem dos FPSOs, elevação das taxas diárias das sondas e aumento geral de custos de investimento nos contratos de subsea”, disse ela.
Considerando o cenário Mais Provável, estima-se que de 2025 até 2034, os contratos de partilha terão uma produção acumulada de 6,6 bilhões de barris de petróleo. Desse total, a parcela acumulada da União será de 1,4 bilhão de barris.
Assim como no óleo, foram traçados três cenários para a produção de gás natural da União disponível para exportação nos contratos de partilha e nos acordos de individualização. Mesmo considerando as estimativas do cenário Pessimista, a produção deverá aumentar dos atuais 255 mil m³/dia para 3,3 milhões de m³/dia em 2031. No cenário Otimista, alcança 3,5 milhões de m³/dia em 2031, mantendo-se acima da faixa de três milhões por cinco anos consecutivos. Vale mencionar que essas estimativas não consideram o fator de rendimento das UPGNs, o que significa que parcela desse gás será transformada em GLP e líquidos.
Considerando o cenário Mais Provável, estima-se que de 2025 até 2034, os contratos terão uma produção acumulada de 48,5 bilhões de m³ de gás natural . Desse total, a parcela acumulada da União será de 7,7 bilhões de m³.
Além dos valores arrecadados para a União, os investimentos também são expressivos: US$ 53 bilhões entre 2025 e 2029, destinados aos contratos de partilha comerciais.
O estudo também apresenta pela primeira vez um quadro com as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) dos contratos de partilha e do AIP de Tupi , projetos com participação da União. Segundo Tabita, a intensidade média de carbono destes contratos foi de 10,85 kgCO2e/boe, enquanto a referência da OGCI, a média mundial está em torno de 18kgCO2e/boe.

No painel ‘O futuro do Pré-sal’ foi discutido o que se pode esperar dos próximos anos no ambiente do Pré-sal e do polígono do Pré-sal. Quais serão os desafios, os principais riscos e onde estarão as oportunidades que as empresas e a PPSA devem focar? Qual será o principal papel das políticas públicas para manter a atratividade dentro deste novo cenário? Quais mudanças seriam necessárias? Como a PPSA deveria contribuir? Moderadora: Tabita Loureiro – Presidente Interina da PPSA Paula Pereira da Silva – Country Manager da Galp Brasil Huang Yehua, Presidente da CNOOC Brasil Alberto Ferrin, Presidente da ExxonMobil Brasil Heloísa Borges, Diretora de Estudo de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE Pietro Mendes, Secretário de Petróleo e Gás Natural do MME.


Primeiro óleo e ramp-up das plataformas: desafios, lições aprendidas e cases de sucesso das últimas instalações de FPSOs no Pré-sal e ainda os desafios de supply chain, licenciamento e outros identificados pelos operadores e fornecedores para o primeiro óleo e ramp-up das próximas unidades, bem como eventuais cases de sucesso de antecipação de first oil e ramp up.

Moderador: Samir Awad, Diretor de Comercialização da PPSA Vinícius Carvalho, Gerente de Operações da Equinor João Carlos de Araujo, Gerente Geral de Implantação de Projetos de Desenvolvimento da Produção da Petrobras Alan Buchi, Diretor Comercial da FMC Technip Pedro Rabello, Gerente de Operações da Subsea 7 Luiz Bispo, Superintendente de Segurança Operacional da ANP

Apresentação das “Estimativas de volumes para o 5º Leilão de Petróleo da União e próximos passos para o Leilão de Gás Natural” por Guilherme França – Superintendente de Comercialização da PPSA.
Assista o evento na íntegra: