Quatro engenheiras mecânicas da Braskem, atuando no Polo Industrial de Camaçari, fazem parte de um grupo exclusivo de cinco mulheres no Brasil a obter a certificação API 570 – certificação concedida pelo American Petroleum Institute (API) amplamente reconhecida nas indústrias de petróleo e gás, que visa garantir que os profissionais possuam conhecimentos técnicos necessários para inspecionar e manter sistemas de tubulações em operação.
Apenas 29 profissionais têm a certificação API 570 no Brasil, sendo que 14 deles são da Braskem. As engenheiras Ariane Candido Batista, Taís Helena de Faria, Ingrid Pereira de Moraes Silva e Carolaine Velame Cerqueira enfrentaram uma rigorosa prova de inglês com 170 questões.
A obtenção da certificação foi uma conquista significativa, especialmente considerando que a média mundial de aprovação é de 50%, com a Braskem alcançando 100% de aprovação neste ano. A certificação API 570 é fundamental para garantir a segurança e integridade de sistemas de tubulações, além de cumprir normas internacionais.

O engenheiro Gustavo Castro de Carvalho Silva, que liderou o programa de estudos, enfatizou a importância da formação direcionada para a indústria, que ele mesmo sentiu falta após a graduação. Ele expressou satisfação ao ver o esforço coletivo resultar em uma taxa de aprovação tão alta. Este feito não apenas marca uma conquista individual, mas também reflete o avanço do mercado feminino, com mulheres ocupando posições de liderança na engenharia.
A conquista é parte de uma iniciativa interna apoiada pelo programa Evoluir, que trouxe para a equipe técnica um programa chamado de Knowledge Sharing API 570 onde engenheiros e técnicos de manutenção puderam se aprofundar nas 11 normas que são cobradas na prova do API 570 tendo aula com outros integrantes já certificados.
Para preparar os interessados em obter a API 570, foi montada uma estrutura de curso, dividido por norma, quanto tempo cada assunto levaria, com calendário de aulas elaborado tendo em vista a janela para a realização da prova. A partir daí, uma verdadeira maratona foi iniciada.
Para o “professor” Gustavo, não havia dúvidas de que a equipe conseguiria a certificação. “Até porque, nos simulados, a gente era até mais rigoroso e elas tiravam notas boas. Fiquei muito feliz, me sentindo recompensado porque, querendo ou não, esse curso vai além da nossa rotina. Tem um esforço a mais, não só meu, mas de colegas que deram aulas. Quando a gente vê o resultado, é totalmente recompensador. Sentimento de dever cumprido”, finalizou Gustavo