O IMD World Digital Competitiveness Ranking mede a capacidade e a prontidão de 67 economias para adotar e explorar tecnologias digitais como um impulsionador-chave para a transformação econômica em negócios, governo e sociedade em geral. Com base em uma mistura de dados concretos e respostas de pesquisas de executivos de negócios e governo, o ranking ajuda governos e empresas a entenderem onde concentrar seus recursos e quais podem ser as melhores práticas ao embarcar ou desenvolver a transformação digital.
O IMD World Digital Competitiveness Ranking (WDCR) de 2024, produzido anualmente pelo World Competitiveness Center (WCC) do IMD, mostrou como as disparidades no desenvolvimento da infraestrutura digital agravadas pelos efeitos nocivos das tensões geopolíticas podem ser compensadas ao se juntar à corrente de tecnologia emergente em rápido movimento.
No geral, Singapura liderou o ranking entre 67 economias globais. A Suíça ficou em segundo e a Dinamarca em terceiro. O estudo mostrou que a inteligência artificial (IA), o blockchain e a computação quântica podem ampliar a lacuna digital, mas também podem impulsionar a inovação e remodelar indústrias, economias e sociedades.
Países que exploram efetivamente o poder dessas tecnologias provavelmente aumentarão sua vantagem competitiva digital, levando a um crescimento econômico sustentado, produtividade melhorada e maior influência global. Os principais conjuntos de dados no ranking capazes de medir isso incluem concessões de patentes de alta tecnologia, direitos de propriedade intelectual e governança eletrônica.
“Rivalidades geopolíticas, particularmente entre grandes potências como os EUA e a competição tecnológica da China, estão fragmentando o cenário digital, influenciando não apenas como outros países desenvolvem e usam tecnologias digitais, mas também sua própria capacidade de competir globalmente”, disse José Caballero , economista sênior do WCC.
Singapura melhorou em duas posições desde a edição do ano passado para assumir a liderança: seus pontos fortes incluem sua gestão municipal, número de concessões de patentes de alta tecnologia, serviços bancários e financeiros e suas parcerias público-privadas. A cidade-estado também foi a primeira nos “subfatores” Talento, Estrutura Regulatória, Atitudes Adaptativas, Agilidade Empresarial e Integração de TI. Ela deu um salto de nove posições para ficar em primeiro lugar no fator Preparação para o Futuro, que avalia o quão preparada uma economia está para adotar mudanças digitais, enfatizando a adaptabilidade social, a agilidade empresarial na adoção de novas tecnologias e a integração de TI entre setores.
A Suíça progrediu significativamente em exportações de alta tecnologia (nono), e-participação (subiu 11 posições para 27º) e segurança cibernética (11º), e seus principais pontos fortes são direitos de propriedade intelectual, experiência internacional, tecnologia de comunicações, transferência de conhecimento e pessoal estrangeiro altamente qualificado – na edição de 2023, havia ficado em quinto lugar.
Os pontos fortes da Dinamarca estão na qualidade e na priorização do treinamento de seus funcionários, na classificação de crédito do país, em empresas ágeis e em uma atitude aberta em relação à globalização, no governo eletrônico eficiente e na dependência de servidores de internet seguros (todos os indicadores classificados em primeiro lugar entre 67).
Os EUA caíram três posições, ficando em quarto lugar, o que talvez possa ser explicado pelo alto custo de execução de contratos e por um ambiente legal caracterizado por litígios frequentes. No entanto, ficou em primeiro lugar na medida do Índice de Educação em Ciência da Computação, que cria uma pontuação de país usando dados do Times Higher Education World University Rankings. Ele equilibra a quantidade e a qualidade em medições absolutas e per capita para indicar como as universidades e os graduados de uma economia se saem no cenário mundial. Isso é relevante para o desenvolvimento de talentos locais e para atrair as melhores mentes de todo o mundo. Foi seguido pelo Reino Unido e pela China.
“A transformação digital anda de mãos dadas com o desenvolvimento financeiro e a inclusão”, disse o Professor Arturo Bris , Diretor do WCC. “Em conjunto com a regulamentação global, as políticas nacionais podem alimentar o uso justo de informações individuais. A União Europeia, os Emirados Árabes Unidos e Singapura estão em vantagem nesse sentido em comparação com os EUA e a China, onde a “regra da lei digital” ainda não é totalmente mantida. Dito isso, os mercados de capital e os sistemas de financiamento fragmentados da Europa são grandes obstáculos à sua competitividade digital.”
O ranking usa 38 dados estatísticos e 21 respostas de pesquisas de executivos seniores para medir a competitividade digital entre 67 economias globais, expondo seus vários pontos fortes e fracos.
Novos ou aprimorados dados para 2024 incluíram uma medida de literatura revisada por pares sobre IA, uma contagem de políticas de IA aprovadas como lei e uma medida de flexibilidade e adaptabilidade (das pessoas, quando enfrentam novos desafios).
