SC tem mais de 110 mil instalações em telhados e terrenos


O Brasil bateu recorde de novas instalações de sistemas de energia solar em 2024. Pelos cálculos da Absolar Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, só no ano passado foram adicionados 14,3 gigawatts à matriz energética brasileira. Com isso, o país ultrapassou 52 GW de potência operacional de fonte solar acumulada.

Santa Catarina contribuiu para esse resultado. Segundo a Absolar, o estado tem mais de 110 mil conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos, o equivalente a 1,4 gigawatt de potência instalada. Com isso, mais de 140 mil consumidores de energia elétrica em 293 cidades já se beneficiam com a redução na conta de luz.

O interesse pela energia solar no Brasil e em Santa Catarina tem crescido significativamente nos últimos anos, impulsionado pela redução dos custos dos equipamentos, aumento nas tarifas de energia elétrica e maior conscientização sobre sustentabilidade”, explica Ricardo Jacobi, professor do curso de Eletrotécnica da Escola Técnica Tupy – instituição do ecossistema UniSociesc.

Atualmente, somando usinas de grande porte e fontes de geração distribuída (telhados, fachadas e pequenos terrenos), a energia solar equivale a 17% da matriz elétrica do Brasil.

Para o engenheiro de Controle e Automação, Ricardo Jacobi, os fatores de crescimento para o uso de energia solar domiciliar tem relação com a necessidade de reduzir os custos com energia elétrica e a oferta de linhas de crédito que facilitam a instalação de sistemas fotovoltaicos.

Em Santa Catarina, o crescimento médio chega a 40% ao ano na instalação de sistemas solares. Joinville, Florianópolis e Blumenau lideram esse ranking.

O investimento em energia solar pode valer muito a pena, especialmente para uso domiciliar. De acordo com o professor da ETT, Ricardo Jacobi, a principal vantagem é a economia na conta de energia elétrica. Um sistema fotovoltaico pode reduzir a conta de luz em até 95%, dependendo do tamanho do sistema e do consumo da residência.

Já o payback (retorno do investimento) varia entre 3 e 7 anos, um prazo relativamente curto se considerada a vida útil dos painéis, que é de 25 a 30 anos. A valorização dos imóveis é outro aspecto positivo. Casas com sistemas de energia solar têm uma valorização de até 10%, segundo estudos da Absolar.

“Além disso, vale lembrar que a energia solar é limpa, renovável e contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa”, comenta o engenheiro Ricardo Jacobi.

No Brasil, a geração própria de energia é regulamentada pela Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL, que permite ao consumidor receber créditos pela energia excedente injetada na rede.

Os desafios para o uso de energia fotovoltaica, diz o professor, estão no investimento inicial (ainda que o retorno ao longo do tempo seja garantido) e a manutenção. “Os painéis precisam receber limpeza e manutenção para garantir sua eficiência”, alerta o especialista.

Últimas Notícias

Armazenamento de energia na Espanha ganha um impulso de 700 milhões

A Comissão Europeia aprovou um novo regime de auxílios que permitirá à Espanha implantar o armazenamento de eletricidade em grande escala, tanto em hibridização com...

Shell investe no projeto Gato do Mato no pré-sal brasileiro

A Shell Brasil, subsidiária da Shell plc, tomou a Decisão Final de Investimento (FID) para o Gato do Mato, um projeto em águas profundas...

Sebrae Rio lança “Imersão ESG”

Capacitação visa ampliar boas práticas de gestão ambiental, social e de governança para aumentar a competitividade Reduzir impactos ambientais, agir com responsabilidade social e...