O Sertão do Pajeú está ganhando um impulso para um maior crescimento econômico e destaque no quesito sustentabilidade. No município de Flores, com um investimento da ordem de R$ 355 milhões, o Complexo Solar São Pedro e Paulo – um projeto em conjunto das empresas pernambucanas Elétron Energy (60%) e Kroma Energia (40%) – acaba de entrar em operação no último mês de janeiro.
“O Complexo Solar São Pedro e Paulo representa um marco significativo no nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a expansão da matriz energética no Brasil. Esta iniciativa não apenas reafirma o compromisso com Pernambuco, mas também desempenha um papel crucial na transformação socioeconômica do sertão do Pajeú. Ao abastecer toda a região, estamos não apenas atendendo às necessidades energéticas, mas também promovendo impactos positivos em diversas esferas, como a criação de empregos locais, a promoção do crescimento econômico e a redução das emissões de carbono. Estamos confiantes de que o Complexo Solar São Pedro e Paulo será um catalisador para o desenvolvimento sustentável, destacando a importância de investir em soluções inovadoras para enfrentar os desafios energéticos e ambientais que enfrentamos”, ressalta o CEO da Elétron Energy, André Cavalcanti.
Com uma capacidade de 101 MWp (megawatt pico) e de geração de 18.000 MWh/mês, o fornecimento de energia é suficiente para atender 112 mil unidades residenciais, ou seja, aproximadamente 320 mil pessoas, o que corresponde aos 17 municípios do Sertão do Pajeú. O tamanho do Complexo Solar São Pedro e Paulo equivale a 170 campos de futebol, com um total de 153.816 painéis solares instalados.
“Como pernambucano, fico muito orgulhoso em estar entregando um parque solar na cidade de Flores. A vocação de Pernambuco é a energia solar, então temos que aproveitar melhor o sol do Sertão. O Sertão do Pajeú é uma área um pouco mais alta, o que faz com que o nível de radiação da região seja muito bom, além de ter um terreno plano”, explica o CEO da Kroma Energia, Rodrigo Mello, empresa que foi a primeira comercializadora de energia do Nordeste.
Entre os impactos do investimento em energia solar no Sertão do Pajeú estão a utilização de áreas pouco ou não produtivas; a redução da utilização de energia elétrica proveniente de hidroelétrica; a consequente manutenção de mais água armazenada e melhorias da umidificação da região (com mais precipitações de chuva e mais irrigação). Além disso, ao receber um dos maiores parques de energia solar fotovoltaica do Nordeste, a região tende a atrair mais investimentos. Outro fator positivo para a região é o crescimento na arrecadação, principalmente de ISS e ICMS.
Em cerca de um ano de obra, ao todo foram gerados 748 empregos diretos, somando obra e operacional, com oportunidades em diversas áreas (como montadores das estruturas e módulos, eletricistas, operadores, técnicos mecânicos e profissionais de limpeza), com e sem experiência, levando mais desenvolvimento para a população local e município vizinhos. Desses profissionais, foram mais de 400 oriundos de Flores e do entorno, sobretudo Serra Talhada e Triunfo, contribuindo para a qualificação da mão-de-obra local. Indiretamente, a estimativa é que o Complexo Solar tenha gerado cerca de 600 empregos.
Com a conclusão da obra, o parque já está gerando cerca de 40 empregos diretos, sendo metade das vagas para equipe técnica especializada, como engenheiro eletricista, eletrotécnico e eletricista e a outra metade, no geral, para ajudante de eletricista e serviços gerais. “Levamos desenvolvimento para a região, com geração de emprego e qualificação da mão de obra. Durante toda a construção do parque, movimentamos economicamente o município. Com a obra, não tinha mais casas para alugar, os restaurantes ficaram lotados e o comércio e armazéns de construção sempre com movimento. Uma satisfação que vai além dos benefícios da geração de energia do parque solar”, comenta Rodrigo Mello.