Com mais de 30 anos de atuação no setor elétrico brasileiro, a executiva Talita Porto acaba de assumir a diretoria técnico-regulatória da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com a missão de intensificar a atuação da entidade em temas estratégicos do setor, como aumento do imposto de importação sobre módulos fotovoltaicos (painéis solares), cortes de geração renovável e barreiras de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, entre outros.
Talita possui passagens pela Eletrobrás, PSR Consultoria, Empresa Pesquisa Energética (EPE), AES Tietê e Renova Energia, entre outras, contribuindo com expertise em áreas como regulatório, comercialização de energia, liderança de pessoas e visão estratégica para otimizar processos, reduzir custos e impulsionar a inovação sustentável. Ela integrou o Conselho da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) durante oito anos, tendo ocupado a vice-presidência nos últimos quatro anos de mandato.
É engenheira eletricista, com mestrado em engenharia elétrica, ambos pela PUC-Rio. Possui especialização em Direito na área de Regulação da Energia Elétrica pela Universidade Cândido Mendes, especialização em Estratégia e Execução pela Fundação Dom Cabral e formação no Curso de Conselheiros de Administração pelo IBGC.
No segmento de geração centralizada, Talita Porto terá como prioridades a defesa do ressarcimento aos empreendedores prejudicados pelos cortes de geração (curtailment ou constrained-off), incluindo apoio na ação judicial em curso para o recebimento pelas restrições nas usinas solares, atuação na revisão da garantia física das centrais geradoras, melhorias na condição de acesso às redes de transmissão e preservação do modelo de autoprodução. Na geração distribuída, Talita trabalhará na busca por soluções para negativas, por parte das distribuidoras, de conexão de sistemas fotovoltaicos, sob a alegação de inversão de fluxo de potência, sem a devida apresentação de estudos técnicos comprobatórios requeridos pela regulamentação.
Outra frente de trabalho será em relação ao aumento de imposto de importação sobre painéis solares, que afeta o preço final da energia solar aos brasileiros e representa risco de perda de investimentos e empregos verdes ao Brasil. No armazenamento de energia elétrica, a atuação será focada na publicação de regulamentação técnica favorável aos sistemas de armazenamento e no acompanhamento junto aos leilões de Reserva de Capacidade com Armazenamento e de Sistemas Isolados.