Moinhos podem adaptá-las aos diferentes setores internos, como pré-limpeza, limpeza e condicionamento, moagem e automação
Para que os moinhos de trigo sigam em franco desenvolvimento e atendam a crescente demanda do mercado brasileiro, a busca por novas ferramentas é essencial, como destacou o diretor e presidente da Sangati Berga, Ricardo Pereira, durante webinar realizado pelo Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo). O encontro, moderado pelo presidente do Moinho Anaconda, Max Piermartiri teve como tema “O uso de tecnologias no processamento do trigo, desempenho e relevância”.
Segundo Pereira, no dia a dia da moagem, diferentes tecnologias podem ser aplicadas nos diversos setores dos moinhos, como pré-limpeza, limpeza e condicionamento, moagem e automação. “Essa mudança de olhar e a consequente implementação de equipamentos cada vez mais robustos e desenvolvidos possibilitam que as instalações maximizem a produção de farinhas nobres – produtos claros, isentos de pintas e com baixo teor de cinzas”, explicou.
Além de potencializar a produção baseada a uma melhor qualidade, a mudança também se relaciona a um outro fator imprescindível à sustentabilidade dos negócios, que é a economia de energia.
“Layouts mais racionais, a variação da velocidade do ventilador pneumático do moinho e economizadores de ar comprimido para filtros de mangas são pontos de atenção quando o foco é otimizar o uso de energia dentro dos moinhos, sem deixar de produzir com qualidade e eficiência, é claro”, detalhou Ricardo.
Para a ação, o profissional também indicou cuidados redobrados com a variação de diâmetro de linhas pneumáticas, a avaliação de inversores de frequência não apenas para acionamentos que requerem variação de rpm como também para acionamentos com mudança de carga, o uso de motores com eficiência premium e de cabines de transformação sem excessos de dimensionamento e mais próximas dos utilizadores, assim como a não utilização de circuitos nos silos de produtos acabados com fluxos desnecessariamente elevados.
E, na era da conectividade, Ricardo não deixou de ressaltar a funcionalidade dos bancos de dados, que podem ajudar no aprimoramento dos controles da indústria moageira: “A iniciativa possibilita a intensificação do nível de automação, o aprimoramento dos sensores e equipamentos de monitoramento e dos programas de gestão e o aumento de armazenamento de informações (inclusive na novem)”, exemplificou.
De acordo com o profissional, a conectividade é uma forma objetiva de fomentar a interligação de todo o processo de moagem, resultando em uma gestão cada vez mais integrada e no desenvolvimento de um módulo de manutenção robusto e objetivo, como defende o conceito de indústria 4.0.
“A Indústria 4.0, que é para onde estamos caminhando, é um conceito que representa a automação industrial e a integração de diferentes tecnologias como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem com o objetivo de promover a digitalização das atividades industriais, melhorando processos e aumentando a produtividade”, contou Pereira.
As indicações, como ponderou o moderador, reforçam a importância de se usar os recursos disponíveis com inteligência. “Dentro ou fora de um momento de crise, como temos acompanhado no setor, precisamos utilizar os recursos da melhor maneira possível”, afirmou. A íntegra do webinar está disponível no canal do Sindustrigo.