A TotalEnergies EP Brasil, subsidiária da francesa TotalEnergies, deu início à transferência de sua participação não operada em um projeto de desenvolvimento em águas profundas na área do Pré-sal da Bacia de Santos para a Shell Brasil em troca da participação parcial desta última em Lapa. O acordo assinado permite que a TotalEnergies troque sua participação não operada de 20% no projeto Gato do Mato por uma participação adicional de 3% no campo de petróleo de Lapa, sujeito às condições precedentes habituais, notadamente as aprovações regulatórias. Após a conclusão do negócio, a TotalEnergies, que atua como operadora, aumentará sua participação em Lapa para 48%, juntamente com a Shell (27%) e a Repsol Sinopec (25%).
Localizado a 270 km da costa brasileira, Lapa está na Bacia de Santos e o desenvolvimento do tie-back Lapa Sudoeste, aprovado em 2023, deverá aumentar a produção em 25.000 barris por dia após a entrada em operação até o final do ano, elevando a produção total do campo para 60.000 barris por dia.

Javier Rielo, vice-presidente sênior de Exploração e Produção das Américas da TotalEnergies, comentou: “Esta transação está alinhada com nossa estratégia de focar em projetos de baixo custo e baixa emissão, como Atapu 2 e Sepia 2 no Brasil, sancionados em 2024. Além disso, fortalece ainda mais nossa posição operada no campo de Lapa, no Pré-sal da Bacia de Santos.”
Por outro lado, a transação de permuta permite que a Shell aumente sua participação operacional em Gato do Mato para 70%, enquanto a Ecopetrol mantém seus 30%. Trata-se de um empreendimento unificado que abrange o contrato de concessão BM-S-54 e o contrato de partilha de produção (PSC) de Gato do Mato Sul.
Ambas as licenças são operadas pela Shell, com 50% de participação, juntamente com a Ecopetrol (30%), a TotalEnergies (20%) e a Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), que atua como gestora do PSC. Os sócios da Gato do Mato tomaram a decisão final de investimento em março de 2025.
Encapsulando um volume estimado de recursos recuperáveis de aproximadamente 370 milhões de barris, o início do projeto está previsto para 2029.
O acordo ocorre logo após a TotalEnergies acordar a venda de sua participação em um contrato de compartilhamento de produção offshore da Nigéria, também para a Shell.