No dia 21 de março, a Usina Coruripe —uma das maiores empresas do setor sucroenergético no país— inaugurou, em Limeira do Oeste, no Triângulo Mineiro, uma linha de produção de açúcar VHP na planta industrial que, até a safra de 2023, produzia exclusivamente etanol voltado para o mercado interno. Com investimentos que chegam a quase R$ 450 milhões, a companhia expandiu a capacidade de moagem anual da unidade de 1,5 milhão de toneladas para 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que representa um acréscimo de produção de 187 mil toneladas de açúcar VHP por ano.
Os aportes também incluem a preparação de canavial próprio em 15 mil hectares de terras arrendadas e adaptação da destilaria da unidade para exportação de etanol. No local, foram gerados 250 empregos diretos e, durante as obras, cerca de mil trabalhadores foram contratados.
De acordo com o presidente da Usina Coruripe, Mario Lorencatto, os investimentos contribuem para consolidar o Triângulo Mineiro como uma “nova e vibrante fronteira brasileira” da indústria sucroenergética. “A região tem boas terras disponíveis e conta com logística favorável às exportações devido ao moderno terminal de transbordo rodoferroviário que inauguramos em junho de 2022, operado em parceria com a Rumo”, afirma. O terminal recebeu investimentos de R$ 95 milhões e já movimentou cerca de 2,5 milhões de toneladas de açúcar de exportação (VHP).
Toda a produção de açúcar da nova planta de Limeira do Oeste, nos próximos dois anos, já está comercializada e será escoada pelo terminal, que fica dentro da unidade da Coruripe em Iturama e é conectado ao trecho da Ferrovia Norte-Sul.
Além da ampliação em Limeira do Oeste e o progresso na desalavancagem financeira da empresa, a Coruripe tem planos para instalar uma nova unidade para produção de açúcar em União de Minas e outra em Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, para produção de etanol. Os futuros investimentos vão representar uma capacidade de moagem de mais 4 milhões de toneladas de cana. “Estamos firmes no compromisso de impulsionar ainda mais o setor sucroenergético. A busca contínua por inovações e a promoção de práticas sustentáveis reforçam a visão de longo prazo da empresa”, afirma Lorencatto.
Em relação ao desempenho desta safra da companhia, que, no início de 2025, vai celebrar seu primeiro centenário, Lorencatto ressalta que foi notável, marcado por significativos investimentos em inovação, sustentabilidade e quebras de vários recordes em termos de volume de produção –que está ultrapassando os 16 milhões de toneladas de cana–, vendas, rentabilidade e segurança no trabalho. “Direcionamos também investimentos de R$ 2 milhões a iniciativas voltadas para a sustentabilidade, reforçando nosso compromisso com a responsabilidade social e ambiental. Esses investimentos não apenas contribuíram para a consolidação da empresa como uma referência no cenário nacional, mas também a posicionaram como agente da descarbonização da economia.”