Empresários debatem mercado e analisam “Perspectivas do Gás no Rio 2023


Empresários das indústrias PRIO, Origem Energia e Gerdau debateram com especialistas da gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan tópicos tratados no estudo “Perspectivas do Gás no Rio 2023”, lançado em 30/01, na Casa Firjan. Os executivos contribuíram com artigos para a publicação.

“Gás é um assunto complexo e apaixonante, dado seu potencial de transformar o mercado. Cada questão tem seu tempo correto e algumas decisões precisam ser tomadas pelos reguladores. Precisamos viabilizar que demanda e oferta consigam convergir seus planejamentos. Outro tema que precisa ser discutido é o acesso a financiamento, pois os recursos estão mais escassos e o custo do capital maior”, defendeu Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, que mediou o painel.

A apresentação dos principais destaques do “Perspectivas do Gás no Rio” foi feita por Fernando Montera, coordenador de Conteúdo Estratégico de Petróleo, Gás e Naval da Firjan: “Ao contrário da oferta, a demanda por gás natural, devido à baixa competitividade do seu preço, segue em queda de 7% no país e de 5% no estado do Rio. Para o desenvolvimento do mercado de gás é preciso uma pauta regulatória. No estado, o detalhamento da regulamentação do mercado livre é uma das pautas fundamentais que vem sendo trabalhada. No federal, por exemplo, maneiras de aumentar o aproveitamento do gás e planos coordenados de transporte estão neste contexto.”

A necessidade de planejamento neste mercado foi destacada pelo CEO da Origem Energia, Luiz Felipe Coutinho. “O Brasil importa 50% do gás que utiliza. A forma de consumir energia mudou. A maioria das pessoas usa celular e carrega quase ao mesmo tempo, em períodos de pico. Por isso, o gás natural poderia ser mais usado como energia segura e barata. A Origem fornece 25% do gás para a Bahia e está fazendo o primeiro projeto de armazenagem de gás natural onshore, faltando só a aprovação da ANP”.

Bruno Menezes, gerente executivo de Novos Negócios da PRIO, detalhou a experiência da empresa de produzir gás em campos maduros, na Bacia de Campos. “O mais importante é ser eficiente e produzir mais. O gás que produzimos é usado para geração de energia na própria unidade. A Bacia de Campos tem ociosidade no escoamento do gás, tanto que a Petrobras concedeu acesso à Equinor. Pleiteamos o mesmo”. Em parceria com a Firjan SENAI, a PRIO capacitou 300 profissionais para o segmento de Exploração e Produção. 

Por outro lado, a siderúrgica Gerdau mostrou o exemplo de uma multinacional centenária de origem brasileira, que está há 50 anos no Rio de Janeiro. “Emitimos metade das emissões médias de carbono das cadeias de aço. Mas a maioria das ações pela rota primária usa o minério de ferro e o carbono como agente redutor. O gás natural pode suplantar o carvão mineral nos altos fornos. Mas é preciso adaptá-los para o energético. Seria preciso ter gás competitivo e a curto prazo. A indústria precisa de previsibilidade para fazer investimento”, resumiu Marcos Prudente, gerente de energia da Gerdau. 

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