A Hydrogen Expo South America 2024 apresentou soluções inovadoras para a consolidação do mercado de Hidrogênio Verde no Brasil e na América do Sul. Uma série de palestras reuniu representantes de diversos países como Alemanha, Holanda e Reino Unido que falaram sobre suas políticas de desenvolvimento e investimentos dos projetos de produção e exploração do hidrogênio na indústria e no transporte. O organizador, InterlinkExhibitions, contou que o evento cresceu 30% em número de empresas participantes.
O evento teve curadoria de Ansgar Pinkowski, fundador da Neue Wege e especialista em transição energética e hidrogênio verde, que enfatizou a importância do Brasil no mercado de hidrogênio verde e suas aplicabilidades futuras. Winston Fritsch, ex-secretário de Política Econômica no Ministério da Fazenda e curador emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, keynote speaker do evento, discutiu a produção de hidrogênio como forma de energia sustentável e a transição energética como um processo gradual. Para ele, o custo de capital e os desafios logísticos do transporte do hidrogênio ainda são impeditivos para o desenvolvimento da produção, armazenamento e exploração do hidrogênio.
Anjoum Noorani, cônsul-geral britânico, falou sobre as perspectivas de investimentos do Reino Unido em hidrogênio verde – o país criou um fundo de investimentos e pesquisa e um sistema de apoio para empresas para incentivá-las a experimentar diferentes formas de produzir hidrogênio.
Niels Veenis, vice-cônsul da Holanda, falou sobre a crescente demanda por hidrogênio na Europa e lembrou que o velho continente tem uma estrutura já desenhada de produção e distribuição do hidrogênio, onshore e offshore.
Loana Von Gaerwitz Lima, da AHK Rio, destacou os esforços da Alemanha em energias renováveis e a necessidade de importar hidrogênio para a transição energética. Isabela Santos, coordenadora do H2Uppp no Brasil, um programa global do governo alemão para acelerar a economia de hidrogênio verde, disse q eu a segunda fase do H2Uppp vai até 2026 e a descarbonização é um grande benefício que está sendo feito pela sustentabilidade.
Amanda Godim, coordenadora da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarburetos Sustentáveis para Aviação – RBQAV, explicou os desafios da descarbonização na aviação que diferentemente da mobilidade urbana, tem sua infraestrutura trocada a cada 25 anos.
Bruno Maier, coordenador de Sustentabilidade na Raízen – que possui 35 parques de bioenergia -, falou sobre o uso da cana-de-açúcar na fabricação de etanol como fonte de descarbonização.
Em paralelo aconteceram a Carbon Capture Expo South America e o CCS Tech Summit, feira e congresso internacional, sobre tecnologias, equipamentos e soluções para captura, transporte, armazenamento e utilização de carbono. Lá, a Eletrobras firmou memorando de entendimento com a Prumo Logística, holding que desenvolve o Porto do Açu (RJ), para avaliar a implantação de projetos de baixo carbono no porto-indústria localizado no Norte Fluminense (RJ), com foco em produção de hidrogênio renovável e seus derivado: o acordo avaliará a viabilidade técnica, ambiental e econômico-financeira para instalação da planta e, também, o uso de recursos para pesquisa e desenvolvimento ou de financiamentos públicos e privados que incentivem projetos relacionados, contribuindo para impulsionar a economia verde e a segurança energética.
A curadoria de conteúdo da Carbon Capture Expo South America esteve à cargo da Cofundadora e Diretora da CCS Brasil, Nathália Weber.