Vinte e três milhões de quilos de citros foram produzidos no ano passado em propriedades rurais totalmente abastecidas com energia solar, alimentadas exclusivamente por cinco usinas fotovoltaicas. A iniciativa é uma das muitas medidas adotadas nos últimos dois anos pela Frutas Katira, uma das maiores produtoras e beneficiadoras de limão tahiti do Brasil, para tornar a empresa 100% sustentável. Com as usinas, a Katira reduziu em 59% os custos de eletricidade.
Outras ações, como uso de defensivo biológico no campo, embalagens retornáveis, fornos que economizam gás, substituição de fungicidas por sanitizantes no packinghouse, tratamento e destinação correta de resíduos também foram adotadas pela Katira dentro de seu projeto, que inclui ainda a entrada no mercado de carbono e, futuramente, o uso de frota elétrica para levar sustentabilidade para dentro e fora das porteiras e divisas das propriedades.
A busca pela produção verde está alinhada com as tendências mundiais de mercado e também com fatores econômicos. Após a implementação das usinas de energia fotovoltaica e substituição das lâmpadas por led nas propriedades, a empresa reduziu a conta anual de energia elétrica de R$ 630 mil em 2021 para R$ 259 mil no ano passado, queda de 59%.
As cinco usinas foram instaladas para contemplar todas as propriedades, resultando em uma economia expressiva dos custos de energia, fortalecendo o propósito de alcançar autonomia energética a partir de produção limpa e nossa meta de tornar a empresa 100% sustentável. E a autonomia energética também será adotada no packing da empresa, onde os citrus e outros produtos agrícolas são embalados. “
Reconhecida como uma das empresas de maior evolução no ramo de FLV (Frutas Legumes e Verduras) brasileiro, a Katira tem a tecnologia como uma de suas maiores aliadas. Ela é utilizada para otimizar processos, reduzir custos, promover ações sustentáveis e também garantir a qualidade dos produtos da empresa, que conta com equipamentos de alta precisão para a seleção das frutas que vão chegar aos consumidores.
Ainda que não seja autossuficiente na energia, o packing adota uma série de cuidados verdes. A Katira trabalha com fornos que reduzem o uso de gás, através de um sistema de recirculação interna de ar. A empresa não utiliza defensivos químicos na preparação das frutas para o mercado.
Até dois anos atrás, os fungicidas eram misturados à cera para revestir as frutas e conservá-las por mais tempo. Mas eles foram trocados por sanitizantes, muito menos nocivos ao meio ambiente, utilizados na água de lavagem das frutas, nas balsas e lavadoras, eliminando possíveis fungos e bactérias antes dos produtos serem embalados. A Katira se tornou livre de qualquer tipo de agrotóxico e defensivo químico no packing.
A Katira estabeleceu como missão se tornar totalmente sustentável, inclusive no packing. Suas fazendas já contam com energia fotovoltaica, luzes de led, a inclusão do uso de defensivos biológicos e sanitizantes, reciclagem de resíduos, entre outros cuidados com o meio ambiente. A meta futura é ingressar no mercado de carbono e utilizar caminhão elétrico no transporte das frutas, deixando de consumir combustível fóssil e levando a sustentabilidade da Katira para fora das propriedades. A entrada no mercado de carbono é um desafio que já está nas contas da Katira para os próximos anos. Uma das propostas é utilizar as plantas de seringueiras, já cultivadas na fazenda em consórcio com os limões, para ampliar a captação de carbono, que em ambas as plantas é fortíssima, e ganhar força nesse mercado emergente.