O governo do estado do Piauí e as empresas Green Energy Park e Solatio lançaram a pedra fundamental do projeto que promete ser a maior produção de hidrogênio verde (H2V) do mundo. A proposta é construir um parque para a produção do “combustível do futuro” e abastecer o mercado europeu e brasileiro.
O lançamento contou com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que afirmou: “Eu e o presidente Lula falamos juntos, o Brasil precisa de uma neoindustrialização. O que é a nova indústria? Aqui está o maior exemplo da nova indústria: inovadora e verde. Então, olha o que vai ter de tecnologia, start ups, pesquisa, inovação, digitalização. Uma nova indústria, aliás, várias indústrias, de hidrogênio, da amônia, um complexo industrial, e verde, descarbonizar”. Alckmin também ressaltou, citando os empresários da Green Energy Park e Solatio, que estão fazendo os investimentos no Piauí, que o governo tem priorizado investimentos e o comércio exterior, e citou a aprovação da reforma tributária.
As duas empresas, segundo o governo, vão investir nos próximos 10 anos cerca de R$ 200 bilhões no projeto. Com investimentos de grupos europeus, o Piauí quer liderar o debate sobre energias limpas e ser um celeiro de estudos sobre hidrogênio verde e amônia.
O hidrogênio verde é produzido através da eletrólise da água (é um processo de separação dos gases que compõe a molécula de água (H2O) que é hidrogênio e oxigênio através de corrente elétrica). É um combustível inodoro, atóxico, incolor, inflamável, leve e muito reativo.
O hidrogênio verde pode ser usado diretamente como combustível, além de servir como matéria-prima para a síntese de outros produtos como por exemplo amônia verde, aço e metanol.
As fontes de energia para a produção do H2V devem ser limpas e renováveis (solar, eólica, biomassa entre outras).
As mudanças climáticas impõem uma transição energética com a redução do combustível fósseis e o megaprojeto nasce em um ambiente bastante viável: a primeira etapa do projeto inicia operações em fevereiro de 2027. Ao todo, estão previstos 20 mil megawatts (MW) de potência. O projeto pleno estará em funcionamento em 2035.
O hidrogênio verde produzido no Piauí será transformado em amônia e uma parte será exportada para Europa enquanto a outra será trabalhada na cadeia do agro para os fertilizantes nitrogenados.
O Centro Internacional de Inovação de Hidrogênio Verde contará com cerca de 30 pesquisadores de várias partes do mundo, sendo 15 do Piauí.
O Centro vai fazer o acompanhamento dos projetos de Hidrogênio Verde, de promoção de pesquisa aplicada e inovação a cadeia do hidrogênio verde. É um dos primeiros centros no Brasil de fomento a inovação do hidrogênio verde com foco na geração de novos negócios, de startups, soluções inovadoras tecnológicas para as empresas.
O Centro terá parceiros como universidades europeias, americanas, a Ufpi, Uespi, Ufpar, Ifpi.