Patentes premiadas no Prêmio Inventor Petrobras

Da esquerda para a direita: Bruna Rodrigues Barbosa, Juliana Rangel Cenzi e Daniely Amorim das Neves

O Cepetro – Pesquisadores do Centro de Estudos de Energia e Petróleo, da Unicamp, receberam (29/04) no Rio de Janeiro (RJ), duas premiações na 24ª edição do Prêmio Inventor Petrobras. Marcelo Souza de Castro, diretor do Centro e coordenador do ALFA (Artificial Lift and Flow Assurance Research Group), Juliana Cenzi (doutoranda), Daniely Amorim das Neves (pós-doutoranda), Bruna Barbosa (aluna de Iniciação Científica), além de parceiros na Petrobras (Dr. Saon Vieira e Dr. Bernardo Foresti) foram premiados por duas patentes desenvolvidas no projeto “Desenvolvimento de Técnica de Medidas Indiretas de Características de Escoamentos Multifásicos a partir de Análise de Sinais de Assinatura de Pressão”. 

O prêmio visa reconhecer os pesquisadores da área de petróleo e gás cujas patentes possibilitem à estatal se manter entre as empresas mais inovadoras no setor. No prêmio são avaliados a expertise técnica dos pesquisadores e a capacidade inovadora. “Para nós é extremamente benéfico receber essa premiação porque ela auxilia, dando relevância e divulgação, no objetivo final dos nossos projetos, que é oferecer ao mercado novos produtos para solucionar problemas do setor”, afirma Castro. O projeto do CEPETRO foi desenvolvido em conjunto com a Universidade de Brasília (UnB), pela qual o Professor Adriano Fabro, também foi premiado. 

A primeira patente é um sensor baseado em grandezas elétricas que pode medir características escoamentos multifásicos para uso inicial em laboratório. “É um sensor elétrico intrusivo. Com ele, conseguimos levantar diversas informações sobre o escoamento, como o volume que está sendo escoado e sua velocidade a partir das propriedades elétricas dos fluidos. O grande diferencial é a nova forma de análise dos dados, que reduz incertezas e erros das técnicas já conhecidas na literatura”, detalha Castro, que também foi premiado em 2020 e 2022.  

A segunda patente registrada é sobre uma metodologia baseada em sensores não intrusivos e não invasivos, que podem ser colados em oleodutos. A partir da vibração estrutural, podem ser caracterizados escoamentos multifásicos em dutos de produção e escoamento de petróleo. “É de fácil incorporação em sistemas supervisórios e de automação. Por isso, patenteamos o conjunto de técnicas computacionais que são usadas para analisar as características do escoamento, porque não há na literatura informação disponível sobre isso”, explica Neves. “A forma como a análise é feita hoje é cara e trabalhosa, em muitos casos é necessário parar a produção para ter bons resultados, utilizando por exemplo técnicas baseadas em radiação”, complementa.

Essas informações sobre o escoamento do oleoduto são de suma importância para a produção petrolífera porque garante que a produção ocorra conforme o planejado. “Na produção de petróleo, os diferentes componentes (água, óleo, gases) são produzidos em conjunto. Ter informações em tempo real da quantidade de cada componente sendo escoada é uma espécie de santo graal na indústria e nossas técnicas apresentam um grande potencial para isso, caracterizando a proporção e a velocidade do escoamento, entre outras informações”, aponta a pesquisadora. “Esse dispositivo já foi testado na Refinaria de Paulínia (REPLAN), da Petrobras, e obteve resultados promissores. A ideia agora é testarmos em campo, nas plataformas”, acrescenta Castro.

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