Vulnerabilidades críticas em sistemas da Microsoft, Zoho e GitHub


A Redbelt Security produz mensalmente um relatório com todos as fragilidades encontradas por diferentes empresas em seus sistemas para alertar seus clientes e contribuir para a disseminação da informação para auxiliar as organizações brasileiras a se protegerem contra as ameaças digitais. E as vulnerabilidades mais recentes identificadas foram:

  • Microsoft alerta sobre nova campanha de phishing direcionada a corporações por meio de mensagens do Teams – Nessa campanha, um atacante usa mensagens do Teams como isca para se infiltrar nas redes corporativas. Essa invasão abre portas para que o agente, que opera como serviço de ransomware, realize ações de pós-exploração e implante malware de criptografia de arquivos. A Microsoft respondeu a essa ameaça com diversas melhorias em sua segurança para bloquear essa campanha e tomou medidas adicionais, como a suspensão de contas identificadas e inquilinos associados a comportamentos inautênticos ou fraudulentos.
  • Campanha de espionagem da Earth Estries mira governos e gigantes da tecnologia em todos os continentes – essa campanha abrange países como Filipinas, Taiwan, Malásia, África do Sul, Alemanha e EUA. Os hackers empregam um conjunto variado de técnicas, incluindo o uso de backdoors, roubos de dados de navegadores e scanners de portas, a fim de coletar informações sensíveis. Além disso, eles abusam de serviços públicos, como Github, Gmail, AnonFiles e File.io, para trocar comandos e dados roubados. “Campanhas como essa são um exemplo de como os hackers estão se tornando cada vez mais sofisticados e audaciosos em seus ataques, pois usam uma variedade de técnicas para se infiltrar nas redes, extrair dados e evitar a detecção. Os governos e as empresas de tecnologia precisam estar atentos para reforçar suas medidas de segurança, porque esses ataques podem ter consequências graves para a economia e a privacidade dos envolvidos”, comenta Marcos de Almeida, gerente de Red Team da Redbelt.
  • Hackers exploram vulnerabilidades do Fortinet e do Zoho – a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos EUA (CISA) emitiu um alerta sobre a exploração de vulnerabilidades no Fortinet, especificamente no FortiOS SSL-VPN, e no Zoho ManageEngine ServiceDesk Plus. Diversos criminosos estão se aproveitando dessas falhas de segurança para obter acesso não autorizado e estabelecer persistência em sistemas comprometidos. Após o sucesso da exploração, eles ganham acesso de nível raiz aos servidores da Web, adotando medidas adicionais, como o download de malware adicional, a enumeração de redes, a coleta de credenciais de usuários administrativos e a movimentação lateral pela rede. Foi também observada a criação de sessões criptografadas por TLS para diversos endereços IP, indicando a transferência de dados do dispositivo de firewall, além da exploração de credenciais válidas para avançar do firewall para servidores da Web e implantar shells da Web para obter acesso backdoor. “Esse ataque ressalta a importância de as companhias atualizarem suas políticas e soluções de segurança constantemente, sendo sempre criteriosas no monitoramento de suas redes em busca de atividades suspeitas. Além disso, é recomendável que as empresas adotem boas práticas de segurança, como o uso de senhas fortes e únicas, a autenticação multifator e a segmentação de redes”, lembra o especialista da Redbelt Security.
     
  • Exploração falsa para WinRAR gera vulnerabilidade no GitHub que está infectando usuários com Venom RAT – um agente mal-intencionado lançou uma exploração falsa de prova de conceito (PoC) para uma vulnerabilidade do WinRAR, que foi recentemente divulgada no GitHub. Isso resultou na infecção de usuários que baixaram o código com o malware Venom RAT. Embora as PoCs falsas tenham se tornado uma tática bem documentada para atingir a comunidade de pesquisa, a empresa de segurança cibernética suspeita que os hackers estão visando outros criminosos, que podem estar incorporando as vulnerabilidades mais recentes em seu arsenal.
     
  • Pesquisadores de IA da Microsoft expõem acidentalmente 38 terabytes de dados confidenciais – a Microsoft declarou que já tomou medidas para corrigir uma grave falha de segurança que levou à exposição de 38 terabytes de dados privados. O vazamento foi descoberto no repositório de IA da empresa no GitHub e se tornou público inadvertidamente depois da publicação de um conjunto de dados de treinamento de código aberto. A ocorrência também incluiu um backup em disco de duas estações de trabalho de ex-funcionários contendo segredos, chaves, senhas e mais de 30.000 mensagens internas do Teams. Em resposta a essas descobertas, a Microsoft afirmou que sua investigação não encontrou evidências de exposição não autorizada de dados de clientes e que “nenhum outro serviço interno foi colocado em risco devido a esse problema.” A empresa também enfatizou que os clientes não precisam tomar nenhuma ação por conta própria. “É sempre importante lembrar que a exposição de dados privados, como segredos, chaves, senhas e mensagens internas, pode comprometer a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade dos sistemas e serviços. Além disso, pode afetar a reputação, a credibilidade e a confiança dos clientes e parceiros”, afirma Almeida.
     
  • Google lança patch para vulnerabilidade de dia zero explorada ativamente no navegador Chrome – essa vulnerabilidade de alta gravidade é caracterizada como um estouro de buffer baseado em heap no formato de compactação VP8 da biblioteca de codecs de vídeo de código aberto, libvpx, desenvolvida pelo Google e pela Alliance for Open Media (AOMedia). A exploração bem-sucedida destas falhas de estouro de buffer pode resultar em falhas do programa ou na execução de código arbitrário, o que afeta a disponibilidade e a integridade do sistema. Para mitigar possíveis ameaças, é recomendável que os usuários atualizem seus navegadores para a versão 117.0.5938.132 do Chrome, disponível para Windows, macOS e Linux. Além disso, os usuários de navegadores baseados no Chromium, como Microsoft Edge, Brave, Opera e Vivaldi, devem aplicar as correções assim que estiverem disponíveis. “É urgente que os usuários atualizem seus navegadores para a versão mais recente do Chrome, que contém o patch de segurança. Além disso, eles também devem ficar atentos aos sites que visitam e aos arquivos que baixam, pois eles podem conter conteúdo malicioso”, complementou o especialista da Redbelt.

Últimas Notícias

Federações indicam greve de dois dias no Sistema Petrobras

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), junto com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), anunciaram uma greve de advertência nas unidades do Sistema Petrobras....

Shell conclui aquisição de participação operacional na plataforma Ursa

A Shell Offshore Inc. e a Shell Pipeline Company (SPLC), subsidiárias da Shell plc, concluíram o acordo anunciado anteriormente para aumentar sua participação na plataforma Ursa,...

Royalties Verdes podem compensar não exploração de petróleo na Amazônia

Bibiana Alcântara Garrido especialista de comunicação do IPAM Em um planeta superaquecido pela queima de combustíveis fósseis, alternativas ao capital advindo do petróleo podem beneficiar...