Os altos e baixos da produtividade


O mais recente relatório do McKinsey Global Institute sobre produtividade analisou longitudinalmente a produtividade global do trabalho por 25 anos.

As economias emergentes estão em uma rodovia com faixas rápidas e lentas, com velocidades imensamente divergentes entre diferentes faixas. Assim, para uma economia de via rápida como a Polônia, se mantivesse o ritmo de crescimento da produtividade que teve nos últimos 25 anos, chegaria aos níveis de produtividade  dos EUA os próximos 11 anos. E

a China estaria lá em cerca de 15 a 16 anos. Em contraste, para um país como a Indonésia, se estivesse na faixa do meio, levaria 135 anos. E para países na via lenta, como a Argentina, no seu ritmo de crescimento da produtividade ao longo dos últimos 25 anos, nunca se recuperaria.

Esta é uma estrada onde algumas economias estão efetivamente indo em sentido inverso em comparação com economias avançadas. Mas, por que isso importa?

Metade da população mundial consome mais de 50 gigajoules de energia por ano. Esta energia impulsiona a produtividade e é habilitada à medida que um país fica mais rico.

Agora, na faixa do meio, estão países como Tailândia, Egito, Tanzânia, onde o crescimento da produtividade não é tão rápido quanto deveria ser

dado o seu ponto de partida. Lembre-se, se você começar com baixo capital, os retornos incrementais sobre o capital devem ser muito altos, e você deve estar experimentando um crescimento de produtividade muito maior. Mas neste caso, não vimos tanto crescimento nestes países como esperávamos.

Isso cria um mistério sobre o que está acontecendo.

Na via lenta, encontramos partes do Oriente Médio, África Subsaariana e América Latina. Esses lugares vivem na sombra da produtividade. Isso é

uma das grandes tarefas do mundo: mover estas economias para a via rápida.

O relatório fala em fazer duas coisas: aumentar os investimentos e impulsionar a transformação digital

Quase todas as conversas que se tem hoje em dia é sobre IA generativa. E quando você fala sobre essa aceleração e sobre transformação digital, qual é a ligação entre IA e produtividade? Um aspecto para saber se IA e IA generativa aumentará a produtividade é, estamos implantando no lugar certo permitindo que os indivíduos sejam mais produtivos na forma como trabalham? Mas o outro aspecto é: as pessoas estão qualificadas e  preparadas para fazer o necessário com IA de forma mais integrada?

E, de facto, para as pessoas cujos empregos podem se tornar menos relevantes à medida que a IA é implementada, esses trabalhadores estão sendo retreinados? E as economias estão ajudando esses trabalhadores a encontrarem empregos que lhes permitirão ser produtivos de forma contínua? Isso encaminhado, podemos falar sobre o papel da IA generativa para aumentar a produtividade. Mas nós também precisamos conversar sobre se estamos ajudando as transições de trabalho que serão necessárias para as economias e se isso pode acontecer de uma forma que seja inclusiva e trazendo todos junto.

A AI pode causar medo nas pessoas. Dentro do nosso tempo de vida, vimos ocupações que estiveram conosco por gerações, que não existirão por causa da AI. Mas há razões pelas quais devemos ter uma mente muito aberta sobre essas coisas. Na verdade, o maior problema das economias não é o desemprego; o maior problema é que não há oferta de trabalho suficiente.

E essas questões demográficas não vão desaparecer.

Precisamos de automação para fazer as coisas e as pessoas passarão então a fazer trabalhos que só as pessoas podem fazer…. O artigo completo está em: The ups and downs of global productivity

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